Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘Soul’ é adiado para novembro nos EUA

“Soul” é dirigido por Pete Docter, de “Monstros S.A.” e “Divertida Mente” (Foto: Divulgação).

Poucos dias após divulgar o cronograma de seus próximos filmes, a Disney anunciou nesta segunda-feira, dia 13, o adiamento de “Soul” (Idem – 2020). De acordo com a Variety, a animação, produzida em parceria com a Pixar e prevista para 19 de junho, será lançada em 20 de novembro nos Estados Unidos, data próxima à reservada para “Raya e o Último Dragão” (Raya and the Last Dragon – 2020), que, agora, passa de 25 de novembro deste ano para 12 de março de 2021, cancelando a estreia de um projeto em live-action cujo título e sinopse não haviam sido divulgados pela Casa do Mickey, que não informou as novas datas destes longas no circuito brasileiro.

 

Dirigido por Pete Docter, de “Monstros S.A.” (Monsters, Inc. – 2001) e “Divertida Mente” (Inside Out – 2015), “Soul” conta a história de um músico que perde a paixão pela profissão e é transportado para fora de seu corpo, contando com a ajuda de uma alma de criança para encontrar a maneira de voltar a ele.

 

O adiamento de “Soul” se deve à pandemia do novo Coronavírus, que fechou salas de exibição em diversos países e paralisou o centro de produção hollywoodiano de maneira jamais vista, nem mesmo durante as duas grandes guerras. A eclosão da Primeira Guerra Mundial levou ao fechamento de salas, algo impulsionado também pela pandemia de gripe espanhola que vitimou cerca de 50 milhões de pessoas entre 1918 e 1920; enquanto a Segunda Guerra Mundial fechou salas e diversas companhias, sobretudo na Europa, devastada pelo conflito. Nesta época, a Disney se tornou o único estúdio americano a funcionar com proteção militar, inclusive com sacos de areia e bateria antiaérea, por, entre outras coisas, produzir filmes pró-Segunda Guerra.

 

A Casa do Mickey não informou o que a levou a tomar esta decisão, mas pode ser uma maneira de ganhar tempo até a situação se estabilizar, estudando o cenário pós-reabertura das salas de exibição, o que pode acontecer em junho nos Estados Unidos. Ao menos, esta é a pretensão das redes de cinema daquele país, que, hoje, é o epicentro da pandemia. Contudo, ainda é cedo para garantir a reabertura das salas porque o vírus tem se propagado com muita velocidade, tornando imprescindível o distanciamento social.

 

Além disso, segundo o Deadline, uma pesquisa realizada pela EDO no início deste mês indica que 56% dos americanos não retornarão às salas de exibição no momento da reabertura, optando por esperar mais algum tempo até que possam se sentir seguros. Ainda de acordo com a publicação, a parcela do público que prefere esperar alguns meses para retornar aos cinemas é de 11%.

 

Enquanto isso, plataformas de streaming ganham cada vez mais espaço na rotina de espectadores de todas as idades e nacionalidades, oferecendo catálogos variados de filmes e séries. Em meio à facilidade proporcionada pelo avanço tecnológico das últimas décadas, uma maneira quase extinta de assistir a tais produções cinematográficas se tornou uma opção segura para o público: os drive-ins, que sobreviveram ao teste do tempo nos Estados Unidos.

 

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