Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

Especial Oscar 2019: categoria de melhor filme

A 92a edição da cerimônia de entrega do Oscar será realizada no dia 09 de fevereiro de 2020, no Dolby Theatre, em Los Angeles (Foto: Divulgação / Richard Harbaugh ©A.M.P.A.S.).

Pôster oficial da 91a edição do Oscar (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.).

Completamente embolada, a corrida pela estatueta do Oscar de melhor filme tem três títulos na dianteira: “Green Book – O Guia” (Green Book – 2018), “Pantera Negra” (Black Panther – 2018) e “Roma” (Idem – 2018).

 

Os oito indicados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) à estatueta principal são: “Pantera Negra”, “Nasce Uma Estrela” (A Star is Born – 2018), “Vice” (Idem – 2018), “Bohemian Rhapsody” (Idem – 2018), “Roma”, “Infiltrado na Klan” (BlacKkKlansman – 2018), “A Favorita” (The Favourite – 2018) e “Green Book – O Guia”.

 

Os três longas se destacam na disputa pelo Oscar de melhor filme por causa dos resultados de premiações de outras instituições, sendo que “Roma” é o único que não venceu nenhum dos principais termômetros do prêmio principal da AMPAS – o The Darryl F. Zanuck Award no PGA Awards, concedido pelo Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (Producers Guild of America – PGA); o Actor de melhor elenco no SAG Awards, do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (Screen Actors Guild – SAG); e o Globo de Ouro de melhor filme de drama, da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA).

 

O Globo de Ouro não exerce nenhuma influência sobre o resultado do Oscar, impulsionando apenas as campanhas dos indicados porque seus membros não integram a AMPAS. Ao contrário do que acontece com o PGA Awards e o SAG Awards, pois parte dos membros dos dois sindicatos pertence à Academia e tem direito a voto. Contudo, o maior indicativo desta categoria é o PGA Awards, que foi entregue a “Green Book – O Guia”.

 

“Green Book – O Guia” recebeu cinco indicações ao Oscar 2019, incluindo melhor filme (Foto: Divulgação).

 

Dirigido por Peter Farrelly, “Green Book – O Guia” é uma produção tecnicamente simplória que já recebeu 49 prêmios até o momento, entre eles, o Globo de Ouro de melhor filme de comédia / musical, por levar às telas a história real de um homem branco e racista, contratado como motorista de um pianista negro no início dos anos 1960, interpretados respectivamente por Viggo Mortensen (Tony “Lip” Vallelonga) e Mahershala Ali (Dr. Don Shirley). Trabalhando com sutileza o que à época era uma inversão de papeis, bem como suas consequências em locais onde a segregação racial ultrapassava as páginas dos livros de História, o filme aborda a turnê do músico como uma jornada de cunho pessoal guiada pelo Green Book, livro que indicava os locais que poderiam ser frequentados por negros no sul dos Estados Unidos, para mostrar a transformação do indivíduo diante de uma realidade até então desconhecida. Desta forma, transmite a mensagem de que é necessário ter coragem para vencer a barreira do preconceito, seja ele qual for.

 

“Pantera Negra” é um dos destaques da atual temporada de premiações e se fortaleceu na corrida pelo Oscar com a vitória no SAG Awards (Foto: Divulgação).

 

Vencedor do Actor de melhor elenco no SAG Awards, “Pantera Negra” é um oponente de peso que já recebeu 79 prêmios na atual temporada. Com direção de Ryan Coogler, o filme preenche todos os requisitos de diversidade e representatividade exigidos nos últimos anos no Oscar e pode se tornar a primeira produção de super-herói a vencer o Golden Boy. Tecnicamente impecável, o longa apresenta uma trama calcada em dinâmica familiar, religiosidade, importância de ancestrais e, acima de tudo, a influência de seus espíritos, mas sem se ater ao drama familiar para levar às telas uma discussão social, usando como fio condutor a história pregressa do vilão Erik Killmonger (Michael B. Jordan). Com isso, se torna um filme sobre a busca do indivíduo por suas raízes, responsabilidade para com terceiros e os efeitos colaterais do desejo de vingança que origina uma ideologia política radical.

 

Líder de indicações desta edição ao lado de “A Favorita”, 10 ao todo, “Roma” também se encaixa nos quesitos representatividade e diversidade, mas não venceu nenhum dos principais termômetros do Oscar, conforme citado acima. No entanto, esta produção original Netflix já faturou 166 prêmios até o momento e pode ser favorecida por pertencer à grife Alfonso Cuarón num momento político conturbado. Ou seja, sua presença no Oscar não significa a aceitação da Netflix pela indústria, que ainda se opõe à gigante do streaming devido ao impacto negativo nas bilheterias, uma vez que a receita é necessária para manter as engrenagens funcionando, mas um manifesto contra o governo do presidente Donald Trump e suas controversas medidas migratórias, dentre elas, a construção de um muro na fronteira entre Estados Unidos e México. Portanto, é um filme que, para a Academia, se encaixa num momento político delicado.

 

Dirigido por Alfonso Cuarón, “Roma” é uma produção original Netflix (Foto: Divulgação).

 

Baseado nas memórias de Alfonso Cuarón, “Roma” é um filme que prima pela técnica, sobretudo por sua direção de fotografia, para apresentar ao espectador uma trama sobre exclusão, calcada no drama de Cleo (Yalitzia Aparicio), jovem que trabalha como doméstica para uma família de classe média mexicana que vive no bairro que dá nome ao longa. Essencial para a manutenção da rotina da família, Cleo é ao mesmo tempo um fantasma naquele cenário fraturado pelo divórcio do casal e não tem tempo para assimilar seus próprios problemas, como a gravidez inesperada. É uma produção de qualidade, mas que se arrasta mais do que deveria e não explora todas as possibilidades dos personagens e, por esta razão, se torna superestimada. “Roma” surge ainda como um dos favoritos à estatueta de melhor filme estrangeiro, tendo como oponentes de peso títulos como “Cafarnaum” (Capharnaüm – 2018, Líbano) e “Guerra Fria” (Zimna wojna – 2018, Polônia), que também é seu concorrente nas categorias de direção (Pawel Pawlikowski) e fotografia (Lukasz Zal).

 

No quesito política, “Vice” também se destaca por levar às telas a trajetória de Dick Cheney (Christian Bale), vice-presidente dos Estados Unidos nos dois governos de George W. Bush (Sam Rockwell), criticando abertamente a política americana, sobretudo em termos bélicos. Para isto, foca na Guerra do Iraque e na ascensão de organizações terroristas como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico. Levando em consideração que os protestos contra a Guerra do Iraque chegaram ao Oscar 2003, dando o tom político à cerimônia que não contou com arquibancadas para o público no tapete vermelho, o longa de Adam McKay tem chances nesta disputa. Contando com roteiro ágil e bem amarrado, este filme que prima pela montagem e caracterização dos atores já recebeu 28 prêmios na temporada.

 

“A Favorita” recebeu 10 indicações ao Oscar, incluindo melhor filme e direção (Foto: Divulgação).

 

Com direção de Yorgos Lanthimos, “A Favorita” é outro título inspirado numa história verídica. Dividido em oito capítulos, o filme começa acelerado e fugindo do clichê de monarquia perfeita para abordar o lado mais sombrio do ser humano, impulsionado pela ganância e falta de caráter. Tecnicamente impecável, o longa que recebeu 135 prêmios até o momento também fala sobre relações de poder e dependência emocional, bem como as consequências da alienação de sua governante, a Rainha Anne (Olivia Colman), calcado na manipulação dos desejos mais íntimos da soberana que tem suas damas de companhia como amantes.

 

Também baseado numa história real, “Infiltrado na Klan” oferece ao espectador uma trama rica em conteúdo e estruturada com esmero, que tem na montagem sua grande aliada. Contudo, o filme que recebeu 33 prêmios até agora peca ao apresentar alguns personagens estereotipados, uma vez que tem como objetivo mostrar que os membros da Klan são homens e mulheres comuns e acima de qualquer suspeita. Traçando um paralelo entre a década de 1970 e os dias atuais, o longa de Spike Lee não julga pessoas, preocupando-se mais com seus ideais e atos cometidos para retratar não apenas o preconceito racial, como também a intolerância em relação aos policiais, muitas vezes vistos como algozes, inclusive os que atuam corretamente, como Ron Stallworth (John David Washington).

 

Lady Gaga e Bradley Cooper protagonizam “Nasce Uma Estrela”, que marca a estreia de Cooper na direção e concorre a oito estatuetas (Foto: Divulgação).

 

Marcando a estreia de Bradley Cooper na direção de longas-metragens, “Nasce Uma Estrela” é o terceiro remake do clássico homônimo de 1937, de William A. Wellman, e já venceu 63 prêmios na temporada. Resgatando o que de melhor há no cinema hollywoodiano, o longa expõe as entranhas da indústria fonográfica, que muito cobra de seus artistas, tratando-os como produtos rentáveis, porém com prazo de validade. É uma produção comovente sobre relações humanas e a importância de uma base sólida, alicerçada num roteiro consistente e de estrutura linear que aposta também nos quesitos técnicos, sobretudo na fotografia e no som.

 

Vencedor do Globo de Ouro de melhor filme de drama, “Bohemian Rhapsody” é a cinebiografia de Freddie Mercury, o lendário vocalista do Queen que faleceu em 1991 em decorrência do vírus HIV. Dirigido por Bryan Singer, o filme não consegue esconder suas falhas oriundas de um processo de produção conturbado que culminou com a demissão do diretor próximo ao término das filmagens – Singer foi substituído por Dexter Fletcher, diretor do longa sobre Elton John, “Rocketman” (Idem – 2019), que tem estreia prevista para maio. Apresentando erros de cronologia e caracterização, algo que grita na tela ao abordar a primeira edição do Rock in Rio, o longa, que venceu apenas 22 prêmios até o momento, se preocupa apenas em explorar as extravagâncias do ídolo, não o homem por trás dele, negligenciando ingredientes considerados imprescindíveis para Freddie Mercury: emoção, paixão e alma. Com isso, não é eficiente como cinebiografia nem cumpre a promessa de proporcionar aos fãs uma viagem aos tempos em que o cantor brilhava nos palcos ao redor do mundo.

 

Levando em consideração o atual cenário, pode-se dizer que “Pantera Negra”, “Green Book – O Guia” e “Roma” são os que têm mais chances de vencer a estatueta principal – “Pantera Negra” por ter vencido o SAG Awards de melhor elenco, “Green Book – O Guia” por ter faturado o maior indicativo da categoria, o PGA Awards, e “Roma” por pertencer à grife Cuarón e como forma de manifesto contra o governo Trump. Os três filmes têm em seu encalço “A Favorita” e “Nasce Uma Estrela”, com “Vice”, “Infiltrado na Klan” e “Bohemian Rhapsody” correndo por fora, apesar de o terceiro ter saído do The Beverly Hilton Hotel com Globo de Ouro de melhor filme de drama, um dos principais termômetros da categoria.

 

A votação da categoria de melhor filme é a mais complexa do Oscar porque todos os membros votam e o processo é realizado por meio de uma lista individual que elenca os títulos concorrentes em ordem de preferência. Se o filme mais votado tiver 50% dos votos mais um, é eleito vencedor da estatueta dourada. Como isso dificilmente acontece na primeira rodada de análises, a votação prossegue da seguinte maneira: dentre todos os títulos em primeiro lugar das listas de cada membro, o menos votado é automaticamente desclassificado e seus votos são redistribuídos para o segundo título mais votado das listas que ele outrora liderou. Isto se repete até que um longa-metragem seja eleito com pelo menos 50% dos votos mais um.

 

A 91ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 24, no Dolby Theatre, em Los Angeles. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela Rede Globo (após o “Big Brother Brasil”).

 

Conheça os indicados:

“Pantera Negra”:

Foto: Divulgação.

Direção: Ryan Coogler.

Sinopse: Na trama, T’Challa / Pantera Negra (Chadwick Boseman) precisa assumir o trono de Wakanda após a morte de seu pai, o Rei T’Chaka (John Kani), na explosão do prédio da ONU, mostrada em “Capitão América: Guerra Civil” (Captain America: Civil War – 2016). Cumprindo todo o ritual de coroação, o novo Rei vive o dilema de manter a tradição para proteger o país e seu povo ou dividir com o mundo seus conhecimentos. Mas a caçada por um antigo inimigo o coloca diante de uma ameaça ainda maior: o renegado Erik Killmonger (Michael B. Jordan), sedento por vingança.

Recebeu sete indicações ao Oscar: melhor filme; design de produção para Hannah Beachler e Jay Hart; figurino para Ruth E. Carter; edição de som para Benjamin A. Burtt e Steve Boeddeker; mixagem de som para Steve Boeddeker, Brandon Proctor e Peter J. Devlin; trilha sonora para Ludwig Göransson; e canção original, “All the Stars”, para Sounwave, Kendrick Lamar, Anthony Tiffith e SZA.

Entre os 79 prêmios já recebidos, estão: o SAG Awards de melhor elenco e equipe de dublês; o BAFTA Film Award, da BAFTA Awards, de efeitos visuais para Geoffrey Baumann, Jesse James Chisholm, Craig Hammack e Daniel Sudick; o AFI Award de filme do ano, do AFI Awards, USA; o AAFCA Award, da African-American Film Critics Association (AAFCA), de filme, direção para Coogler, canção para “All the Stars” e Top 10 films (1o lugar); o BFCC Award, do Black Film Critics Circle Awards, de filme, direção e elenco; o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards, de efeitos visuais, design de produção para Hannah Beachler e Jay Hart e figurino para Ruth E. Carter; o LAFCA Award, da Los Angeles Film Critics Association Awards, de design de produção; o NFCS Award, da Nevada Film Critics Society, de roteiro adaptado para Ryan Coogler e Joe Robert Cole; o OFCC Award, do Oklahoma Film Critics Circle Awards, de ator coadjuvante para Michael B. Jordan; o SFFCC Award, do San Francisco Film Critics Circle, de ator coadjuvante para Jordan e design de produção; e o Seattle Film Critics Award, do Seattle Film Critics Awards, de vilão para Jordan e design de produção.

 

“Nasce Uma Estrela”:

Foto: Divulgação.

Direção: Bradley Cooper.

Sinopse: O filme conta a história de Jackson Maine (Cooper), astro da música que arrasta multidões para suas apresentações. Após uma delas, movido à vontade de beber mais, acaba num bar onde conhece a jovem Ally (Lady Gaga), uma cantora nas horas vagas que desistiu de ir em busca de seu sonho por ser considerada feia por alguns executivos de gravadoras, que priorizam a embalagem em detrimento do talento. Não demora muito para que os dois iniciem um romance e Jackson a transforme numa grande estrela. O problema é que enquanto Ally prospera na carreira, Jackson sucumbe às drogas e ao álcool, amargando a decadência que afeta a vida do casal.

Recebeu oito indicações ao Oscar: melhor filme; ator para Bradley Cooper; atriz para Lady Gaga; ator coadjuvante para Sam Elliott; roteiro adaptado para Eric Roth, Bradley Cooper e Will Fetters; fotografia para Matthew Libatique; mixagem de som para Tom Ozanich, Dean A. Zupancic, Jason Ruder e Steven Morrow; e canção original, “Shallow”, para Lady Gaga, Mark Ronson, Anthony Rossomando e Andrew Wyatt.

Entre os 63 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de canção original para “Shallow”; o BAFTA Film Award de trilha sonora para Bradley Cooper, Lady Gaga e Lukas Nelson; o BFCC Award de ator para Cooper; o Critics Choice Award de atriz para Gaga, empate com Glenn Close por “A Esposa” (The Wife – 2018), e canção para “Shallow”; o DFWFCA Award, da Dallas-Fort Worth Film Critics Association Awards, de filme; o DFCC, do Dublin Film Critics Circle Awards, de filme, ator para Cooper e atriz para Gaga; o Grammy Awards de dupla pop / grupo para Cooper e Gaga por “Shallow”; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards, de cineasta estreante para Cooper, atriz para Gaga, ator coadjuvante para Sam Elliott, canção e canção original, ambos para “Shallow”; o LEJA Award, da Latino Entertainment Journalists Association Awards, de ator para Cooper; o NBR Award, da National Board of Review, USA, de direção para Cooper, atriz para Gaga, ator coadjuvante para Elliott e Top Tem Films; e o Director of the Year Award e o Directors to Watch, do Palm Springs International Film Festival, ambos para Cooper.

 

“Vice”:

Foto: Divulgação.

Direção: Adam McKay.

Sinopse: Baseado na história real de Dick Cheney (Christian Bale), o longa começa em Casper (Wyoming), em 1963, mostrando o jovem Cheney, aluno mediano expulso da Universidade de Yale por causa do histórico de brigas e bebedeiras. Pulando em seguida para 11 de setembro de 2001, quando os Estados Unidos estavam sob o ataque da Al-Qaeda, “Vice” explora a história de Cheney colocando-o como um homem obcecado pelo poder, assim como sua esposa, Lynne (Amy Adams), mas devotado à família, passeando pelos últimos 45 anos da História americana por meio do jogo orquestrado pelos republicanos e retratando George W. Bush como um político inexperiente que disputou a presidência para conquistar a admiração paterna.

Recebeu oito indicações ao Oscar: melhor filme; direção e roteiro original para Adam McKay; ator para Christian Bale; ator coadjuvante para Sam Rockwell; atriz coadjuvante para Amy Adams; edição para Hank Corwin; e maquiagem e cabelo para Greg Cannom, Kate Biscoe e Patricia Dehaney.

Entre os 28 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de melhor ator em filme de comédia / musical para Christian Bale; o BAFTA Film Award de edição para Hank Corwin; o Critics Choice Award de ator e ator em comédia para Bale e cabelo e maquiagem para Kate Biscoe, Patricia Dehany, Greg Cannom e Chris Gallaher; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards, de ator para Bale; o KCFCC Award, da Kansas City Film Critics Circle Awards, de ator para Bale, empate com Ethan Hawke por “First Reformed” (Idem – 2018), e atriz coadjuvante para Adams; o NFCS Award de ator para Bale; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards, de elenco; o SLFCA Award, da St. Louis Film Critics Association, US, de roteiro original e edição; e o Joe Barber Award, da Washington DC Area Film Critics Association Awards, de melhor retrato de Washington D.C.

 

“Bohemian Rhapsody”:

Foto: Divulgação.

Direção: Bryan Singer.

Sinopse: Cinebiografia de Freddie Mercury (Rami Malek), o filme começa nos bastidores do Live Aid em 1985 e, em seguida, mostra em flashbacks a trajetória do vocalista do Queen desde os tempos de anonimato até o show beneficente organizado por Bob Geldof (Dermot Murphy), o Live Aid, passando pelos problemas com os pais, a banda, seus relacionamentos e o diagnóstico de HIV positivo.

Recebeu cinco indicações ao Oscar: melhor filme; ator para Rami Malek; edição para John Ottman; edição de som para John Warhurst e Nina Hartstone; e mixagem de som para Paul Massey, Tim Cavagin e John Casali.

Entre os 22 prêmios já recebidos, estão: os Globos de Ouro de filme de drama e ator em filme de drama para Rami Malek; o SAG Awards de ator para Malek; o BAFTA Film Award de ator para Malek e som para John Casali, Tim Cavagin, Nina Hartstone, Paul Massey e John Warhurst; o Eddie, da American Cinema Editors, USA, de edição em filme de drama para John Ottman; o LAOFCS Award, da Los Angeles Online Film Critics Society Awards, de ator para Malek; o NMFC Award, do New Mexico Film Critics, de design de produção para Aaron Haye; o NTFCA Award, da North Texas Film Critics Association, US, de ator para Malek; o Breakthrough Performance Award, do Palm Springs International Film Festival, para Malek; o Outstanding Performance Award, do Santa Barbara International Film Festival, para Malek; e o SLFCA Award, da St. Louis Film Critics Association, US, de trilha sonora.

 

“Roma”:

Foto: Divulgação.

Direção: Alfonso Cuarón.

Sinopse: Inspirado nas memórias de infância de seu realizador e uma homenagem à sua babá, o longa ambientado nos anos 1970 no bairro que lhe empresta o nome, na Cidade do México, conta a história da jovem Cleo (Yalitzia Aparicio), que trabalha como doméstica para uma família de classe média que vê suas estruturas abaladas após o doloroso processo de divórcio. Em meio a isso, Cleo descobre que está grávida e é abandonada pelo namorado.

Recebeu 10 indicações ao Oscar: melhor filme; direção, direção de fotografia e roteiro original para Alfonso Cuarón; filme estrangeiro; atriz para Yalitzia Aparicio; atriz coadjuvante para Marina de Tavira; design de produção para Eugenio Caballero e Barbara Enriquez; edição de som para Sergio Diaz e Skip Lievsay; e mixagem de som para Skip Lievsay, Craig Henighan e José Antonio García.

Entre os 166 prêmios já recebidos, estão: os Globos de Ouro de direção para Alfonso Cuarón e filme estrangeiro; o BAFTA Film Award de filme, filme estrangeiro e fotografia para Cuarón, e o David Lean Award for Direction para Cuarón; o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards, de fotografia; o Critics Choice Award de filme, direção, filme estrangeiro e fotografia; o CFCA Award, da Chicago Film Critics Association Awards, de filme, direção, filme estrangeiro, edição para Cuarón e Adam Gough e fotografia; o DGA Award, do Directors Guild of America, USA, para Cuarón; o New Hollywood Award, do Hollywood Film Awards, para Yalitzia Aparicio; o Sierra Award de filme, direção, filme estrangeiro, edição e fotografia; o LEJA Award de filme, direção, roteiro original para Cuarón e atriz para Aparicio; e o Leão de Ouro e o SIGNIS Award, no Festival de Veneza.

 

“Infiltrado na Klan”:

Foto: Divulgação.

Direção: Spike Lee.

Sinopse: O longa leva às telas as entranhas da organização segregacionista Ku Klux Klan (KKK) por meio da história real de Ron Stallworth (John David Washington), primeiro policial negro de Colorado Springs (Colorado), que, nos anos 1970, iniciou uma investigação para deter os planos da Klan, infiltrando-se junto de seu parceiro judeu, Flip Zimmerman (Adam Driver).

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; direção para Spike Lee; ator coadjuvante para Adam Driver; roteiro adaptado para Charlie Wachtel, David Rabinowitz, Kevin Willmott e Spike Lee; edição para Barry Alexander Brown; trilha sonora original.

Entre os 33 prêmios já recebidos, estão: o BAFTA Film Award de roteiro adaptado para Spike Lee, David Rabinowitz, Charlie Wachtel e Kevin Willmott; o AAFCA Award de ator para John David Washington e roteiro; o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio do Júri Ecumênico (menção especial), no Festival de Cannes; o Hollywood Breakthrough Award, do Hollywood Film Awards, para Washington; o Audience Award, no Locarno International Film Festival; o NFCS Award de direção; o OFCC Award de roteiro adaptado; o SFFCC Award de direção, roteiro adaptado e trilha sonora original para Terence Blanchard; o Virtuoso Award, do Santa Barbara International Film Festival, para Washington; e o SLFCA Award de direção, roteiro adaptado e trilha sonora original.

 

“A Favorita”:

Foto: Divulgação.

Direção: Yorgos Lanthimos.

Sinopse: Inspirado em fatos reais, o filme mostra os bastidores da corte britânica no início do século XVIII, focando nas fragilidades da Rainha Anne (Olivia Colman), tanto em termos de saúde quanto de alienação, pois ela não fazia ideia do que acontecia do lado de fora dos portões do palácio. Emocionalmente desestruturada devido aos 17 filhos perdidos, a Rainha é manipulada por sua dama de companhia e amante, Sarah (Rachel Weisz), que se sente ameaçada com a chegada de sua prima, Abigail (Emma Stone), jovem que sonha em ascender custe o que custar e também se torna dama de companhia e amante da soberana.

Recebeu 10 indicações ao Oscar: melhor filme; direção para Yorgos Lanthimos; atriz para Olivia Colman; atriz coadjuvante para Emma Stone e Rachel Weisz; fotografia para Robbie Ryan; edição para Yorgos Mavropsaridis; roteiro original para Deborah Davis e Tony McNamara; design de produção para Fiona Crombie e Alice Felton; e figurino para Sandy Powell.

Entre os 135 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de comédia / musical para Olivia Colman; o BAFTA Film Award de filme britânico, atriz para Colman, atriz coadjuvante para Rachel Weisz, roteiro original para Deborah Davis e Tony McNamara, figurino para Sandy Powell, design de produção para Fiona Crombie e Alice Felton e maquiagem e cabelo para Nadia Stacey; o Austin Film Critics Award, da Austin Film Critics Association, de atriz para Colman; o British Independent Film Award, da British Independent Film Awards, de filme britânico independente, direção para Yorgos Lanthimos, atriz para Colman, atriz coadjuvante para Weisz, roteiro, design de produção, maquiagem e cabelo, figurino, fotografia para Robbie Ryan e escalação de elenco para Dixie Chassay; o Critics Choice Award de atriz para Colman e elenco; o FFCC Award, do Florida Film Critics Circle Awards, de filme, elenco e direção de arte / design de produção; o ALFS Award, do London Critics Circle Film Awards, de filme britânico / irlandês, atriz para Colman, atriz coadjuvante para Weisz e roteiro; o LAFCA Award de atriz para Colman; o NTFCA Award de atriz coadjuvante para Emma Stone; e o Prêmio Especial do Júri e o Volpi Cup de atriz para Colman, no Festival de Veneza.

 

“Green Book – O Guia”:

Foto: Divulgação.

Direção: Peter Farrelly.

Sinopse: Ambientado em 1962, o filme baseado numa história real começa na boate Copacabana, em Nova York, apresentando Tony “Lip” Vallelonga (Viggo Mortensen), homem de origem italiana que trabalha como segurança do local. Racista ao extremo, Lip aceita trabalhar como motorista de um pianista negro, Dr. Don Shirley (Mahershala Ali), durante sua turnê pelo sul dos Estados Unidos, no período em que a boate está fechada para reformas. A viagem acaba por expor as fragilidades de ambos, mostrando-lhes uma nova realidade numa região que tem o preconceito racial como um dos principais problemas.

Recebeu cinco indicações ao Oscar: melhor filme; ator para Viggo Mortensen; ator coadjuvante para Mahershala Ali; roteiro original para Nick Vallelonga, Brian Hayes Currie e Peter Farrelly; e edição para Patrick J. Don Vito.

Entre os 49 prêmios já recebidos, estão: o PGA Awards de filme; os Globos de Ouro de filme de comédia / musical, ator coadjuvante para Mahershala Ali e roteiro para Nick Vallelonga, Brian Hayes Currie e Peter Farrelly; o SAG de ator coadjuvante para Ali; o BAFTA Film Award de ator coadjuvante para Ali; o BFCC Award de ator coadjuvante para Ali; o Festival Prize, do Boston Film Festival, de filme e ator para Viggo Mortensen; o Critics Choice Award de ator coadjuvante para Ali; o Truly Moving Picture Award, do Heartland Film; o NBR Award, do National Board of Review, USA, de filme e ator para Mortensen; e o PFCS Award de filme, ator para Mortensen, ator coadjuvante para Ali e roteiro original.

 

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