Nesta segunda-feira, dia 15, o Conselho Diretor da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) realizou uma reunião por teleconferência para definir a mudança de data da próxima cerimônia de entrega do Oscar: 25 de abril de 2021. Isto estava previsto desde o início da pandemia do novo coronavírus, que interrompeu a produção e ocasionou o fechamento de cinemas ao redor do globo, impactando diretamente o calendário de estreias deste ano.
O adiamento da 93a edição do Oscar modificou todo o cronograma da AMPAS, sobretudo no que tange ao período de elegibilidade, que foi estendido até 28 de fevereiro de 2021, data outrora escolhida para a realização da maior festa da indústria hollywoodiana. A lista de indicados ao Oscar será divulgada em 15 de março.
“Por mais de um século, os filmes têm desempenhado um papel importante nos confortando, inspirando e entretendo nos momentos mais sombrios. Eles certamente têm (feito isto) este ano. Nossa esperança, ao estender o período de elegibilidade e a data de entrega dos prêmios, é fornecer a flexibilidade necessária para que os cineastas finalizem e lancem seus filmes sem serem penalizados por algo além do controle de qualquer pessoa”, afirmam David Rubin e Dawn Hudson, respectivamente, presidente e CEO da AMPAS, em comunicado oficial à imprensa.
Conforme o esperado, a decisão da Academia influenciará, inevitavelmente, o calendário da próxima temporada de premiações, pois o Oscar é tradicionalmente o último prêmio a ser entregue. À exemplo da AMPAS, a British Academy of Film and Television Arts (BAFTA) comunicou o adiamento de sua cerimônia nesta segunda-feira, confirmando-a para 11 de abril de 2021.
A AMPAS também anunciou que o Academy Museum of Motion Pictures será inaugurado em 30 de abril de 2021. Orçado em cerca de US$ 400 milhões, segundo o The New York Times, o museu é sediado no histórico May Company Building, construído em 1939 e atualmente chamado de Saban Building, na esquina da Fairfax Avenue com a Wilshire Boulevard, em Los Angeles. “O Oscar e a abertura do nosso novo museu marcarão um momento histórico, reunindo fãs de cinema ao redor do mundo para se unirem através do cinema”, afirmam Rubin e Hudson.
Novas regras visam equidade, representatividade e inclusão
Na última sexta-feira, dia 12, a Academia emitiu comunicado à imprensa sobre definições de regras para as edições que serão realizadas a partir de 2022. Dentre elas, a de que a categoria principal do Oscar, a de melhor filme, terá necessariamente 10 concorrentes. No entanto, o que realmente chama a atenção é o comprometimento da AMPAS para com temas como equidade e inclusão, que lhe renderam inúmeras críticas nos anos anteriores. Para isso, a instituição decidiu unir forças com o Sindicato de Produtores dos Estados Unidos (Producers Guild Awards – PGA) na nova fase de sua iniciativa, chamada de Academy Aperture 2025.
“Por meio da dedicação, foco e esforço conjunto de nosso Conselho Diretor e membros dos comitês executivos, a Academia superou os objetivos de nossa iniciativa A2020. Mas, para realmente conhecer esse momento, precisamos reconhecer quanto mais precisa ser necessário. feito e precisamos ouvir, aprender, aceitar o desafio e responsabilizar a nós mesmos e à nossa comunidade. A liderança da Academia e nosso Conselho estão comprometidos em garantir que continuemos a tecer equidade e inclusão no tecido de todas as iniciativas, comitês, programas e até mesmo da Academia”, disse Rubin. “Embora a Academia tenha feito progressos, sabemos que há muito mais trabalho a ser feito para garantir oportunidades equitativas em todos os setores. A necessidade de resolver esta questão é urgente. Para este fim, alteraremos – e continuaremos a examinar – nossas regras e procedimentos para garantir que todas as vozes sejam ouvidas e celebradas”, completou Hudson.
Considerando o fato de a lista de indicados ao Oscar refletir, basicamente, a situação da indústria em relação às minorias, a AMPAS decidiu debater o tema em painéis que reunirão membros do Conselho e parte do público para a melhor compreensão do sistema e quais mudanças precisam ser feitas desde o momento de concepção de cada projeto. Um destes painéis será mediado por Whoopi Goldberg, integrante do Conselho e vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por “Ghost: Do Outro Lado da Vida” (Ghost – 1990). Chamado de “Academy Dialogue: It Starts With Us” (“Diálogo da Academia: Isto Começa Conosco”, em tradução livre), o painel abordará questões como “raça, etnia, história, oportunidade e arte do cinema”, de acordo com o comunicado oficial.
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