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Grande Rio sobra na segunda noite e é favorita ao título do Grupo Especial

Grande Rio 2022. Foto: SRzd

Neste sábado (23) e durante toda a madrugada deste domingo, seis escolas de samba fizeram a segunda noite de desfiles do Grupo Especial no Carnaval de 2022 na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.

As agremiações da divisão principal da folia carioca, retomaram a alegria de poder voltar a mostrar a arte da maior festa popular do país após o cancelamento em 2021 e o adiamento neste ano, por conta da pandemia de Covid-19.

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A abertura do ato final do Carnaval 2022 na Sapucaí teve a realeza retinta do Paraíso do Tuiuti, escola que vai consolidando sua presença na elite da folia carioca.

A agremiação contou histórias de luta, sabedoria e resistência negra. O tema foi desenvolvido por um dos maiores nomes entre os carnavalescos da atualidade, Paulo Barros. O conjunto se empenhou em mostrar a contribuição de grandes figuras negras para a humanidade e fez uma ode ao futuro da negritude.

Linda visualmente, a escola enfrentou problemas com o quarto carro, que enganchou numa árvore ainda antes da curva de acesso à Avenida e ficou parada por bons minutos. A partir daí, enfrentou problemas em sua evolução e acabou estourando o tempo máximo permitido em dois minutos.

Em seguida, foi a vez da quase centenária Portela derramar seu azul na pista. Assim como a Tuiuti, também teve dificuldades com seus carros para entrar na Avenida, ainda na área de armação. O carro três, apresentou um globo danificado, algo que também pode custar pontos no quesito. Ao fim, uma justa homenagem ao grande ícone portelense, mestre Monarco, em escultura na última alegoria.

Considerada uma das favoritas do ano e dona de um samba envolvente, a Mocidade chegou mostrando suas credenciais; com um visual deslumbrante e num ritmo harmônico que não deixou ninguém indiferente ao que era cantado.

A cadência inconfundível de Padre Miguel no enredo que também exaltava o Orixá Oxóssi, foi outro ponto alto do cortejo da escola da Zona Norte. Porém, problemas com alegorias, causaram muita dor de cabeça aos diretores da verde e branca. O abre-alas foi levado com dificuldade e um enorme clarão se abriu na reta final da pista, bem em frente a cabine dupla de jurados.

Abrindo a segunda metade da noite, a Unidos da Tijuca chegou leve e animada para cantar uma lenda indígena, falando, entre outros temas, da história do guaraná.

A escola do Borel, numa sequência lamentável de ocorrências na noite, também teve problemas com suas alegorias. Uma, ficou presa no viaduto antes da entrada na Avenida. O abre-alas, causou nervosismo no momento do acoplamento. No mais, a Tijuca, que chegou quietinha, saiu gigante da Sapucaí e está no jogo.

Penúltima a desfilar, mas lutando para ser a primeira ao fim da apuração, a Grande Rio fez a Sapucaí parar para ver o que os olhos não podiam acreditar. No toque da macumba e desmitificando Exu, foi corajosa, entrou e saiu aclamada como uma das favoritas do ano. Que desfile. Será que chegou a hora de conquistar o já por vezes adiado campeonato?

Para fechar o tão esperado desfile das escolas de samba do Rio, nada mais representativo que Martinho da Vila e a agremiação que carrega no nome lhe homenageando. Um dos mais importantes nomes da música brasileira, Martinho veio logo na comissão de frente, onde foi, merecidamente, coroado. Lindo reconhecimento da obra e trajetória do sambista. Veja em detalhes como foi cada uma das apresentações: