Agora nos braços da Virgem de Nazaré, Dominguinhos comandou a 2ª maior catarse da Sapucaí

Antigamente, no concurso das escolas de samba do Rio de Janeiro, havia um quesito que avaliava a comunicação dos passistas com o público.

A interação dos componentes com o povão nas arquibancadas, era um dos fatores considerados mais importantes dentro das apresentações.

Com o tempo, a profissionalização do espetáculo e a rigidez imposta pelos próprios organizadores da festa, foi esfriando essa troca de energia, entre quem desfila e quem assiste. E cabia aos puxadores de samba de enredo, comandar essa interação.

Jamelão, o maior de todos os tempos nessa arte, não gostava do termo, preferia ser chamado de intérprete. Dominguinhos do Estácio, que morreu no último dia 30 e está no grupo dos grandes nomes quando o assunto é cantar na Avenida, puxava a escola.

E além de puxar, cantar e ser compositor dos bons, tinha a capacidade de estabelecer essa tal comunicação com quem estava no sambódromo. Ele sabia como poucos fazer com que o público fosse parte integrante do show.

E foi ele quem comandou a segunda grande catarse registrada na Marques de Sapucaí, um ano antes do insuperável “Explode Coração” salgueirense. No ano de 1992, quando a escola que carregava no nome faturou seu primeiro e único título superando a poderosa Mocidade Independente que lutava pelo tri naquele Carnaval, a Estácio sacudiu.

Embalada pelos singelos versos; “Me dê, me dá, me dá, me dê, onde você for eu vou com você”, Dominguinhos teve a proeza de fazer o povo ir com a escola de São Carlos. Esse combustível impulsionou a vermelha e branca ao topo.

Campeão por onde passou, Dominguinhos do Estácio, era da Imperatriz, da Viradouro, era Dominguinhos do Samba, de todas as cores.

Já cansado pelos problemas de saúde que carregava e pela cicatriz incurável de ter perdido dois filhos de uma só vez, foi descansar, ao lado de sua protetora e única superstição a que recorria antes de entrar na Avenida; a Virgem de Nazaré.

Olhai por Dominguinhos, virgem santa!

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