A Gaviões da Fiel definiu na madrugada deste sábado (14) o samba-enredo que irá embalar o seu desfile no Carnaval de 2020.
A obra criada por Rafael Falanga, Luciano Rosa, Biro-Biro, Portugal e William Tadeu foi a escolhida pela diretoria da “Torcida que Samba” como trilha sonora oficial do enredo “Um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como e explode não sei porquê…”. O projeto será desenvolvido pelos carnavalescos Paulo Barros e Paulo Menezes que irão estrear na folia paulistana.
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“Vamos falar dos grandes amores. A história da humanidade está baseada nisso. A gente traz um enredo que resgata um pouco dessa coisa que está dentro da gente e não conseguimos explicar. Desse sentimento que é muito forte. É lógico que a gente vai chegar no sentimento da própria escola. Uma mensagem também de esperança e paz”, disse Paulo Barros.
Conheça o samba:
O QUE É ESSE APERTO NO PEITO?
INVADE A ALMA, NÃO DÁ PRA NEGAR
É A MAIS SUBLIME INSPIRAÇÃO DO CRIADOR
QUE UM SONHO EM SUAS MÃOS MOLDOU (É O AMOR, É O AMOR)
EU QUERO VIVER ROMANCES PROIBIDOS
DOCE DELÍRIO QUE DESPERTA OS SENTIDOS
QUANDO DISPARA, O INSENSATO CORAÇÃO
SE A ALMA ETERNIZAR… VAI MUITO ALÉM DA RAZÃO
QUANTOS SENTIMENTOS… ME LEVAM
À LUTA POR UM IDEAL
CHAMA QUE NINGUÉM PODE APAGAR
É A LIBERDADE DE PODER SONHAR
É, NÃO EXISTEM FRONTEIRAS,
NEM MESMO BARREIRAS VÃO NOS SEPARAR
SE A VIDA IMITA A ARTE,
NUMA DOCE ILUSÃO VOU MERGULHAR
EU SOU O OLHAR QUE TE ENCONTRA PELAS RUAS
UM ACORDE QUE SEDUZ À LUZ DA LUA
SOU O CANTO QUE ECOA PELO AR
E SE EU ENLOUQUECER,
SERÁ DE TANTO AMAR
VAI ARREPIAR… ABRA O SEU CORAÇÃO
VEM SE APAIXONAR, EXPLODIR DE EMOÇÃO
UM SENTIMENTO QUE ARRASTA MULTIDÕES
CANTA GAVIÕES
Além da disputa entre três times de compositores que já haviam superado outros cinco concorrentes na etapa anterior, a final do concurso teve como atrativos a presença da rainha Sabrina Sato e a apresentação da Beija-Flor de Nilópolis, escola que já foi campeã do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro por 14 vezes.
Minutos antes do início da apresentação dos sambas finalistas no palco, o presidente Rodrigo Gonzales Tapia, o Digão, falou sobre as eliminatórias deste ano, explicando o motivo de sua diretoria ter recomendado a regravação das obras após a entrega das composições: “Quero agradecer os três finalistas. Muito obrigado por vocês terem aceitado por voltar os sambas. Que vença o melhor. Hoje o samba que vai ganhar é o samba do povo. Aqui vamos escutar todos os segmentos da escola, pois vivemos numa democracia”.
+ “Sou um compositor-presidente”, diz Rafael Falanga sobre vitória na Gaviões da Fiel
Cada parceria teve direito a 25 minutos de apresentação, sendo três passadas apenas com a marcação e cordas e o restante com o acompanhamento da bateria “Ritimão” de mestre Ciro.
Embalados pela voz marcante do intérprete Celsinho Mody da corimã Acadêmicos do Tatuapé, o primeiro samba a subir no palco foi o “Samba 9”, escrito por Luciano Costa, João 10, Alex, Bruno Muleke, Fabinho do Cavaco, Eduardo Regianno, Fadico, Fabio Palácio, Marcelo Valente e Rodrigo Dias.
Em seguida foi a vez do “Samba 11”, composto por Rafael Falanga, Luciano Rosa, Biro-Biro, Portugal e William Tadeu, que mais tarde seria consagrado como vencedor. No microfone principal, destaque para os intérpretes Igor Sorriso (Mocidade Alegre) e Wantuir Oliveira (Unidos da Tijuca).
Terceiro e último da noite, o “Samba 1” assinado por Grego, Araken, Caselli, Adair, Ronaldo Vilela, Rodrigo e Neto contou com as vozes de Carlos Junior, cantor da Império de Casa Verde e Emerson Dias, intérprete do Acadêmicos do Salgueiro.
Quatro vezes campeã do Grupo Especial paulistano – o último no ano de 2003 -, a Gaviões da Fiel buscará no próximo ano retornar o caminho da vitória. Para isso, a diretoria foi buscar no Rio de Janeiro reforços de peso: a dupla de carnavalescos Paulo Barros e Paulo Menezes.
Em entrevista ao SRzd, Menezes justificou que o enredo tem ligação com o próprio sentimento que eles sentiram ao chegar na escola: “A gente fala de amor, e desde que a gente veio pra cá, o que a gente mais sentiu foi esse amor incondicional da torcida”.
Ao comentar as lágrimas que escorreram de seu rosto durante a festa que marcou o lançamento do enredo, Paulo Barros fez uma comparação aos títulos já conquistados em sua carreira:“Foi um sensação que eu nunca senti. Foi uma energia inédita. Acho que uma das grandes felicidades da minha vida foi ganhar o Carnaval com a Unidos da Tijuca (2010), quando eu ganhei o título com a Portela (2017), além dos outros títulos que ganhei com a Tijuca. E esse momento – na Gaviões – vai entrar para o hall. É como se hoje eu tivesse ganhado um título, é impressionante”. Ele também falou sobre o regulamento do Carnaval de São Paulo e ressaltou que o trabalho coletivo será fundamental para a conquista do campeonato.
Assista:
Em 2020 a “Torcida que Samba” será a terceira agremiação a desfilar no sábado, 22 de fevereiro, no Sambódromo do Anhembi, pelo Grupo Especial paulistano.
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