Prefeitura de SP debaterá com blocos o possível Carnaval de Rua no Feriado de Tiradentes

Carnaval de Rua de São Paulo. Foto: Antonio Cruz - Agência Brasil

Carnaval de Rua de São Paulo. Foto: Antonio Cruz – Agência Brasil

O prefeito Ricardo Nunes (MDB), declarou nesta quarta-feira (6), que a prefeitura de São Paulo fará uma reunião nesta sexta-feira (8), com os blocos da cidade para debater o possível Carnaval de Rua no Feriado de Tiradentes, marcado para o próximo dia 21.

“Nós iremos apresentar a eles todos os planos que existem de segurança e se eles tiverem condições de seguirem, porque a Prefeitura não tem mais tempo de fazer. Lembrando que a questão pública eu preciso publicar edital, tem prazo pra concorrência, existe toda uma estruturação”, disse Nunes, segundo o G1.

Manifesto dos blocos

Uma carta divulgada na última segunda-feira (4), defende a realização do Carnaval de Rua na cidade no feriado de Tiradentes, 21 de abril, período em que as escolas de samba vão fazer seus desfiles no Sambódromo do Anhembi e no Autódromo de Interlagos.

O manifesto é assinado pelas entidades ABASP, Arrastão dos Blocos, Ocupa SP, Comissão Feminina, Fórum dos Blocos e UBCRESP – as três últimas publicaram no início de janeiro um outro texto afirmando que não se apresentariam no possível Carnaval no mês de fevereiro.

“Para defender a vida nós ficamos em casa o tanto quanto foi possível nos últimos dois anos. Não colocamos o bloco na rua e cumprimos nossa responsabilidade coletiva. Nos dias atuais, o cenário sanitário parece promissor e estável. Festivais, campeonatos esportivos, eventos religiosos e de negócios estão acontecendo normalmente. O sambódromo já está com a festa marcada e não há justificativa para proibir carnaval de rua livre, diverso e democrático, nesse abril de 2022”, diz um trecho da carta que tem como título “Carnaval de rua livre, com diversidade e democracia! Contra a violência policial e a censura”.

Complexidade

Por sua vez, a prefeitura de São Paulo citou a “complexidade logística” de se organizar blocos de rua. Por meio de nota, informou que todos os eventos autorizados são particulares, em áreas privadas e que os organizadores se responsabilizam pela infraestrutura, segurança e aderência aos protocolos vigentes:

“Há que se diferenciar a complexidade de organização de um bloco de rua e de uma festa particular com temática carnavalesca. Fundamental esclarecer que não há qualquer impedimento de manifestações culturais ou de livre expressão. Há, tão somente, um zelo do poder público em não manter um evento que, tradicionalmente, atrai milhões de pessoas e, justamente por isso, precisa de meses de antecedência para ser planejado por toda a sua complexidade logística de estruturas de apoio, rotas e de segurança para todos os participantes”.

A prefeitura reforçou ainda que a eventual liberação de blocos de Carnaval deveria acontecer não nos moldes do manifesto apresentado pelas entidades, mas de maneira isonômica e aberta a todos os possíveis interessados, como ditam as regras da administração pública. “Tal planejamento foi prejudicado por motivos alheios à administração e que foi o foco principal do município nos últimos dois anos: o controle da pandemia”, afirmou a prefeitura.

* Com informações da Agência Brasil

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