Adamastor abre o jogo sobre atuação como presidente e mestre de bateria da X-9

Reginaldo Tadeu Batista de Souza, o Mestre Adamastor, assumiu o comando da X-9 Paulistana em agosto deste ano no lugar de Paulo Rogério Rondon Perez, que deixou o cargo após três meses de trabalho. Com o apoio da dupla de diretores Rafael Pikaxú e Kalé, ele também acumula o cargo de mestre de bateria.

Durante entrevista ao programa “No Mundo do Samba”, que estreou no canal no YouTube do “Capital Mais Com Você”, com Raul Machado e Guilherme Queiroz, o sambista abriu o coração e abordou temas como: a motivação sobre sua volta à escola; o que mudou de sua personalidade após um período afastado do Carnaval, os bastidores do desligamento do então mestre de bateria da escola, Fábio Américo; o motivo da saída do presidente Paulo Perez; os desafios dos acúmulos de cargo na agremiação; a perspectiva de construção da nova quadra; a situação financeira da X-9; e como será a nova corte de bateria.

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Citando o termo “inimigos”, Adamastor também fez um desabafo sobre algumas críticas que recebe de pessoas que não conhecem sua verdadeira personalidade.

“Uma coisa que é claro no Carnaval [é que] nós temos adversários, isso é óbvio, mas pra quem não me conhece, muitas pessoas se fizeram inimigas de mim. Será que essas pessoas conhecem a minha história como pai, homem, marido, profissional, com os meus amigos, com as pessoas que trabalho socialmente?”, questionou.

Outro tema aprofundado pelo profissional foi a preparação do enredo “Dona Ivone Lara, mas quem disse que eu te esqueço? X-9 Paulistana canta o centenário da dama do samba”, que é desenvolvido pelo carnavalesco Leno Vidal.

No próximo ano, a verde, vermelha e branca, que já foi campeã do Grupo Especial em 1997 e no ano 2000, será a segunda escola a se apresentar no domingo, dia 19 de fevereiro, pelo Grupo de Acesso 1, com um samba composto por Maurição, Rogério, Vini e Leandrinho Martins (clique aqui para ouvir).

Assista a entrevista

Mais sobre a história de Adamastor

A história do profissional, mistura-se à história do samba paulistano. A primeira oportunidade no samba veio em 1977, mas foi apenas em 1981 que ele iniciou como ritmista na Rosas de Ouro.

Nos anos que passaram, Adamastor perseguiu seu sonho, e após treze anos, em 1994, ganhou a oportunidade de tornar-se mestre de bateria pela X-9 Paulistana.

A determinação associada à competência de seu trabalho trouxe nos anos de 1997 e 2000 os dois únicos títulos da escola. Em seu currículo, passagens por outras escolas, atuação como presidente de agremiação e projetos paralelos aos desfiles.

De 2010 à 2013, comandou a bateria da Acadêmicos do Tucuruvi. Em 2014, foi mestre de bateria e diretor de Carnaval da X-9 Paulistana, agremiação em que oficializou seu retorno para o Carnaval de 2023.

Fora do Carnaval, desenvolve um projeto que envolve palestras, eventos, treinamentos e dinâmicas em formato de show de escola de samba direcionado a empresas.