Ministro Ricardo Salles pede demissão

Salles diz que maioria da imprensa mente e faz cobertura ‘cafajeste’. Foto: Reprodução do YouTube

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão, na tarde desta quarta-feira (23).

+ relembre momentos da passagem de Salles pela pasta do Meio Ambiente

O ato de exoneração já foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, com o registro concedido pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).

O atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, vinculado a pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite, foi nomeado para o lugar de Salles, que é alvo de duas investigações no Supremo Tribunal Federal.

Considerado um dos nomes fortes do governo Federal, Ricardo Salles alegou motivos familiares para deixar o cargo. Ele era um dos poucos remanescentes da formação inicial do ministério da gestão Bolsonaro.

+ gestão foi marcada por frases polêmicas e acusações:

A gestão do ex-ministro Ricardo Salles foi marcada por frases polêmicas e acusações, algumas delas, de períodos anteriores a sua presença no comando da pasta do Meio Ambiente, quando integrava o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, onde foi secretário particular do governador, de 2013 a 2014, e secretário estadual do Meio Ambiente, de 2016 a 2017.

Em 2021, a 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente, do Tribunal de Justiça de São Paulo, absolveu, por maioria, o ex-ministro, que havia sido condenado em 1ª instância por improbidade administrativa.

Já no governo Bolsonaro, foi alvo da Operação Akuanduba, que apura se Ricardo Salles atuou em favor de madeireiros que exportaram matéria-prima de maneira ilegal. No dia 19 de maio a PF deflagrou uma operação de busca e apreensão em endereços ligados a Salles e ao ministério do Meio Ambiente.

O delegado da PF, Franco Perazzoni, foi dispensado, em 17 de junho, da função de chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros do Distrito Federal, que justamente comandava a ação.

+ Oposição reage a dispensa de delegado que chefiou buscas contra Salles

Um dos momentos mais marcantes dos mais de dois anos e meio de Salles no ministério, aconteceu durante reunião ministerial, de 22 de abril, quando Salles alertou seus pares sobre o que considerava ser uma oportunidade trazida pela pandemia da Covid-19.

Para ele, o governo Federal deveria aproveitar o momento em que o foco da sociedade e da mídia estava voltado para o novo coronavírus para mudar regramentos e legislações ambientais, conforme vídeo divulgado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello.

Após a divulgação do vídeo, o então ministro se justificou em uma rede social: “Sempre defendi desburocratizar e simplificar normas, em todas as áreas, com bom senso e tudo dentro da lei. O emaranhado de regras irracionais atrapalha investimentos, a geração de empregos e, portanto, o desenvolvimento sustentável no Brasil”.

+ PF aponta operações suspeitas de Ricardo Salles em escritório com a mãe:

Relatórios da Polícia Federal apontam suspeitas em operações financeiras feitas pelo então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a partir de um escritório de advocacia que ele tem em sociedade com a mãe.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, as operações aconteceram durante o período em que Salles exercia o cargo no primeiro escalão do presidente Bolsonaro. Os documentos que apontam as suspeitas também fazem parte da Operação Akuanduba, deflagrada em maio, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Os relatórios foram elaborados com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf e, segundo a PF, apontam um “conteúdo bastante interessante”: “Operações suspeitas foram realizadas nos últimos dois anos, por intermédio do escritório de advocacia em que o ministro Ricardo Salles é sócio com sua genitora”, diz trecho do documento.

“Obviamente a obtenção dos respectivos anexos e dados mais completos dependerá da autorização judicial emitida por esse STF, mas cremos que a confirmação da simples existência de operações suspeitas a cargo do ministro Salles, no mesmo período dos fatos em apuração, com os demais elementos, permitem que sejam apreciados os pedidos”, prossegue a PF. Ao jornal, Salles afirmou, em nota, que “não há como se defender de algo que não conhece”.

+ Sidney Rezende: ‘É preciso investigação séria da CPI e MP sobre compra de Covaxin’

+ Freixo chega ao PSB e alerta: ‘Eleição de 2022 pode ser a última’

+ RJ: laudo aponta asfixia como causa da morte de casal no Leblon

+ Por 7 a 4 STF decide por supeição de Moro em processo contra Lula

+ CCJ tem discussão após interrupção de fala da deputada Wapichana

+ Vice-presidente da CPI, Randolfe diz que há ‘esquema corrupto’ no ministério da Saúde

+ Record segue em alta com cobertura do caso Lázaro; veja números de 22 de junho

+ Aos 88 anos, Ary Fontoura virou fenômeno na web e conta que recebe nudes

Comentários

 




    gl