Um pleito repleto de novidades

A oferta de recursos para financiamento das campanhas foi reduzido drasticamente. O tempo da campanha foi um grande teste de como ser efetivo em tão pouco tempo, com poucos recursos a serem empregados afim de sensibilizar corações e mentes em favor de uma determinada candidatura.

Para os partidos tidos como nanicos e ainda mais para aqueles que se coligaram ou não a falta de tempo no horário político impedia e obstruía oportunidades de visibilidade e conhecimento a qualquer candidato. Este intrincado e difícil cenário impôs a quem realmente soube lidar com tantas novas dificuldades estar a frente de seus concorrentes de maneira que na experiência desta eleição foi incontestável e determinante pela colheita que se vem observado.

Poucos souberam interpretar o novo modelo nestas eleições que requereu saber aproveitar, interpretar, compreender e emplacar o momento vivido pelo país, indiscutivelmente este detalhe fez toda a diferença, a população não cabia em si diante de tanta corrupção, crise, aliás a maior de todos os tempos, desconfiança na classe política, revolta com o desrespeito com o patrimônio público, de muitos, terem sentido na própria pele o peso incontestável do impacto produzido pelo desemprego, da prioridade de um projeto de tomada de poder ao invés de governar para o bem da nação, enfim os motivos se enumerados e perfilados engrossariam e tornariam excessivo esta matéria.

Este mérito foi bem trabalhado, aceito e entendido por uma expressiva parcela da população que num movimento singular e impressionante lançou-se e respondeu afirmativa e espontaneamente em favor da candidatura que soube perceber está nova realidade.

O planejamento estratégico foi delineado e implantado com bastante antecedência por este candidato tornando-o visível no tempo certo, na hora certa e no lugar certo. Que soube captar os verdadeiros e reais anseios da população e soube traduzi-lo coerentemente e trabalhou e imprimiu o tom adequado e necessário.

O prisma de indignação e de insatisfação com os rumos de falta de ordem, ética, moral e de progresso para o país que historicamente, no período republicano, ostentou indicadores plenamente robustos de crescimento e de desenvolvimento econômico. A esperança sempre foi a palavra de ordem.

Os eleitores tomaram as rédeas, literalmente da campanha deste candidato.

Os marqueteiros viram e sentiram a exposição e o risco de suas atividades que estão perdendo o glamour e até mesmo o sentido de utilidade e de valor graças a experiência conhecida e que está demonstrando ser e ter eficácia comprovada e atestada.

O retrocesso no tempo e no espaço das velhas práticas de politica estavam integradas ao uso da tecnologia e das redes sociais, exerceram fundamental fomento da forma de se fazer a política no olho no olho a melhor maneira de se fazer conhecer e entender pelo eleitorado seja dos que estão decididos ou indecisos.

Creiam este pleito ficará na história republicana brasileira e será motivo de estudos pelo meio acadêmico e por especialistas em pleitos dos novos modelos de campanhas eleitorais e mais que isso, abre uma extensa avenida de viabilização de novos caminhos de menor comprometimento com financiadores de campanhas, menos exposição a interesses setoriais não antigo e da malfadada troca de favores.

Outro viés que será uma verdadeira lição é a estratégia amplamente estabelecida de votar em candidatos ligados ou apoiados pelo candidato de um partido que não aceitou fazer conchavos, troca de favores e de loteamentos do governo. Esta iniciativa é plenamente justificável e madura para que o novo presidente consiga de fato governar o país. Parabéns para a democracia.