Há tempos, o cinema brasileiro se aventura por gêneros que o tiram da zona de conforto das comédias de grande apelo popular. Essa movimentação ganhou força nos últimos anos, permitindo que diversos cineastas apostassem suas fichas em tramas instigantes que conseguem prender a atenção do espectador. Alguns resultados foram bons, outros nem tanto, como o thriller psicológico “Uma Família Feliz” (Uma Família Feliz – 2023, Brasil), uma das estreias desta quinta-feira (04) no circuito exibidor.
Dirigido por José Eduardo Belmonte, o longa começa mostrando o desespero de uma mulher que dirige sem rumo, e de forma arriscada, ao lado de uma criança. A partir daí, a história é contada em flashback, mostrando os fatos que levaram Eva (Grazi Massafera) ao limite, explorando como a família feliz, residente de condomínio de classe média alta, desmoronou pouco a pouco após o nascimento de seu terceiro filho.
Com roteiro de Raphael Montes, “Uma Família Feliz” faz um retrato incômodo do mundo de aparências no qual sua protagonista está inserida, repleto de relações interpessoais forjadas de maneira frágil. Neste contexto, Eva, que aparentemente sofre os efeitos da depressão pós-parto, se torna quase uma proscrita após ser acusada, sem nenhuma prova, de agredir os três filhos, afastando-se da família e de sua casa até que os fatos sejam esclarecidos.
Inicialmente colocando a depressão pós-parto no centro da trama, o longa se desenvolve de maneira a mostrar como o direito de defesa é negado à uma mulher em decorrência de julgamentos pré-concebidos e, portanto, confortáveis a todos aqueles que não estão diretamente envolvidos com os fatos, observando-os à distância. Com isso, Belmonte conduz o espectador por uma trama repleta de detalhes e reviravoltas, defendida com garra por Grazi Massafera.
Indicado ao Kikito de melhor filme na última edição do Festival de Gramado, “Uma Família Feliz” consegue prender a atenção do espectador, mas perde sua força ao negligenciar determinados pontos da história que poderiam ter potencializado o suspense se trabalhados com mais afinco, principalmente a questão da psicopatia, desvendada gradualmente no decorrer do longa-metragem que inspirou o livro homônimo de Montes, lançado recentemente pela Companhia das Letras.
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