Dormir demais ou de menos pode indicar transtorno do sono

Mulher dormindo na cama. Foto: Pikist

Mulher dormindo na cama. Foto: Pikist

Dormir é uma das atividades mais importantes da rotina dos seres vivos, é durante o sono que o corpo se regenera e mantém funcionando algumas funções vitais. Porém, por diversos fatores externos e internos, o ciclo do sono da população pode ser alterado.

Ao SRzd, o doutor Fabiano de Abreu, PhD em neurociências, biólogo e antropólogo, afirmou que ao avaliar a presença ou não de um distúrbio do sono, é necessário considerar todos os sintomas descritos. “O paciente está reclamando de dificuldade para adormecer ou de não conseguir se manter dormindo? Como o paciente se sente pela manhã? Como é o dia dessa pessoa?”, exemplifica o especialista.

De acordo com ele, existem pessoas que se sentem totalmente revigoradas após um curto período de tempo. “É mais importante considerar as sensações e possíveis problemas que o paciente está se incomodando, do que tentar encaixar todo mundo em um mesmo padrão de sono”, pontua.

Da mesma forma, existem pessoas que adormecem rapidamente, dormem um tempo adequado e, mesmo assim, são certas de que há uma baixa qualidade de sono. “A combinação dessas pessoas que dormem por pouco tempo com as outras que têm ‘pseudoinsônias’ constituem 30% das queixas de insônia”, afirma.

Ambiente em que se dorme

Quanto ao ambiente em que se dorme, também é necessário adaptá-lo às tolerâncias individuais de cada pessoa. “O clínico precisa considerar se a perturbação se correlaciona temporalmente com um estímulo que não é apenas perturbador, mas que pode ser medido fisicamente. Em segundo lugar, os aspectos perturbadores do estímulo devem surgir de suas propriedades físicas e não de seu significado emocional para o paciente. Também deve haver um retorno ao sono satisfatório uma vez que o estímulo seja removido”, aconselha Fabiano.

Um outro ponto a ser considerado é a associação de distúrbios do sono a doenças psiquiátricas como a depressão bipolar. “O sono é frequentemente perturbado por outras condições. A depressão bipolar é mais associada ao sono excessivo, mas não revigorante. Pacientes com fases maníacas geralmente parecem precisar de pouco sono. O paciente geralmente ansioso pode ter dificuldade para dormir, ou sono agitado ou ambos”, detalha.

De qualquer forma, qualquer incômodo da hora de dormir deve ser investigado. Pois, por mais que as respostas não estejam em doenças psiquiátricas, pode-se considerar a sensibilidade dos pacientes a certos hábitos como cochilar a tarde, consumir cafeína, álcool ou até mesmo o chocolate. “Precisamos avaliar todos os detalhes que possivelmente levam a um distúrbio do sono de maneira séria, afinal, esta é uma atividade fundamental para manutenção da qualidade de vida humana”, defende o neurocientista.

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