Ataque ao Capitólio: Comissão relata pressão de Trump para alterar resultado eleitoral

Ataque ao Capitólio em janeiro de 2021. Foto: Will Oliver/EFE-EPA

Uma nova audiência pública da comissão responsável por investigar a invasão de apoiadores de Donald Trump ao Capitólio, em janeiro de 2021, foi realizada na última terça-feira (21).

Nesta sessão, a quarta só neste mês de junho, testemunhas contaram em detalhes de que forma o ex-presidente atuou na tentativa de alterar o resultado da eleição realizada em novembro de 2020. Na ocasião, Joe Biden, do Partido Democrata, venceu a disputa.

O principal motivo apontado como a causa da invasão, que deixou sete mortos, foi a afirmação falsa de que o resultado teria sido fraudado por Biden. O ataque tinha como objetivo impedir que a vitória do atual presidente fosse confirmada na reunião entre as duas Casas do Congresso.

A comissão revelou, neste último encontro, que houve relatos de intimidação, ameaças de morte e até mesmo uma tentativa de fraudar o resultado do Colégio Eleitoral.

Um assessor do senador republicano Ron Johnson teria sido o responsável pela ação. De acordo com a denúncia, ele tentou entregar ao então vice-presidente, Mike Pence, uma lista modificada com relação aos votos dos eleitores de pelo menos dois Estados. Chris Hodgson, assessor de Pence, foi quem impediu a iniciativa.

O republicano Brad Raffensperger, secretário de Estado da Geórgia, também prestou depoimento na sessão desta terça. Ele afirma que recebeu dezenas de ações nos tribunais, ligações direto do gabinete de Trump, além de inúmeros pedidos de recontagem e investigação.

Os números não mentem. Tivemos muitas alegações e investigamos cada uma delas. [Trump e aliados] disseram que havia 66 mil votos de menores de idade. Nós encontramos um total de zero. Acho que, em alguns momentos, você precisa se levantar e receber os golpes. Nós seguimos a lei e seguimos a Constituição e, no final, Trump estava errado“, declarou o secretário.

Comentários

 




    gl