Tensão global: Canadá, Holanda e Reino Unido anunciam apoio militar à Ucrânia

Ucrânia. Foto: Reprodução da TV

Ucrânia. Foto: Reprodução da TV

Um dos maiores temores dos analistas internacionais sobre uma escalada global com confronto militar está na adesão de outras nações contrárias aos russos em defesa da Ucrânia.

Nesta segunda-feira (7), Reino Unido, Canadá e Holanda anunciaram uma coalizão contra o presidente russo, Vladimir Putin.

Em entrevista coletiva transmitida nesta tarde o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, detalhou a estratégia de apoio militar e financeiro à Ucrânia: “O cerco se fecha cada vez mais contra Putin. Coalizão militar e econômica fará Putin perder”, disse o premiê britânico.

A declaração foi feita após Johnson se reunir, em seu escritório em Londres, com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e o da Holanda, Mark Rutte.

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Um dos principais temas abordados é a dependência da Europa do petróleo e do gás russo. Os países tentam encontrar uma forma de reduzir a demanda desses vindos da Rússia e cogitam novas sanções econômicas no sentido de “estrangular” a economia russa.

Nesse cenário preocupante, dois integrantes do alto escalão do governo russo alertaram que o envio de armas à Ucrânia causará “escalada catastrófica”.

Segundo a agência de notícias russa Interfax, o ministro de relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, tratou do assunto também nesta segunda-feira.

Outra nação que manifestou-se sobre o conflito no Leste Europeu foram os Estados Unidos, que voltaram a defender a soberania dos territórios: “Temos um compromisso sacrossanto com a garantia do Artigo 5º da aliança militar ocidental”, afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, em visita a Lituânia, Letônia e Estônia.

O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, fez um alerta nesta segunda a Blinken, de que um fracasso em impedir a agressão da Rússia na Ucrânia levará a um conflito global.

Nauseda disse que Putin, “não vai parar na Ucrânia” e que o mundo tem a obrigação de ajudar os ucranianos “por todos os meios disponíveis”: “Quero dizer, de fato, todos os meios se quisermos evitar a Terceira Guerra Mundial. A escolha está em nossas mãos”, alertou.

Reflexos no Brasil

O principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda nesta segunda-feira, em sessão mais uma vez pautada por temores globais de estagflação decorrentes do conflito na Ucrânia com a invasão russa.

O Ibovespa recuou 2,52%, a 111.593 pontos. Das ações com maior importância no índice, as da Petrobras foram destaque de queda. Os papéis recuaram mais que 7% depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a política de preços da estatal e afirmou que discutiria, ainda nesta segunda, medidas para conter a alta de preços para o consumidor final.

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