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Nomofobia: conheça o vício que será um dos temas da próxima novela de Gloria Perez

Você já ouviu falar em nomofobia ou no-mobile? O nome pouco conhecido refere-se a uma fobia que tem crescido em todo o mundo e que será um dos temas discutidos em “Travessia”, a próxima novela das nove de Gloria Perez.

Prevista para estrear em outubro na Rede Globo, a trama vai falar do medo irracional de ficar sem o celular e discutir as relações entre o homem e a tecnologia.

Em seu Twitter, a autora compartilhou uma pesquisa em que cientistas listaram os países com os maiores índices de vícios em smartphones. O Brasil ocupa o 4º lugar do ranking. Já um estudo divulgado pela Digital Turbine, mostra que 20% dos brasileiros não ficam mais de 30 minutos longe do celular. E a nomofobia também é conhecida como síndrome da dependência digital.

Para a coordenadora e psicóloga do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Berta Ribeiro, a falta de limite, estabelecer tempo de acesso ou conexão é um dos fatores que contribuem para a dependência.

“O uso da internet influenciou significativamente as relações humanas pois a virtualidade permitiu que pessoas se aproximassem, em um mundo global como também criou a sensação de liberdade, de poder ser aquilo que no mundo real se tem dificuldade de mostrar, pessoas comunicativas, o que em alguns momentos distância das interações pessoais não virtuais pois essas exigem competências e habilidades na sustentação do relacionamento inter-humano. Mas não existe problema em fazer uso das tecnologias e redes sociais, no entanto, é necessário equilíbrio para que a comunicação ‘cara a cara’ não seja completamento substituída e seja naturalizado os meios virtuais como forma de interação”, explica a docente.

O estudo da plataforma de mídia também apontou que 92% dos brasileiros fazem compras pelo celular e que desse percentual 30% passaram a comprar ainda mais pelo aparelho móvel após o início da pandemia. A coordenadora ressalta que apesar da comodidade ofertada pelos aparelhos, é preciso ficar atento aos sinais que indicam vício.

“A tecnologia veio com o intuito de unir e não causar distanciamento entre as pessoas. A dependência afeta a vida nas mais diferentes esferas e o que era simplesmente um costume passa a controlar e definir as prioridades do indivíduo, como relacionamentos, oportunidades de trabalho, entretenimento com amigos e família”.

Levantamento do Google mostra que 73% dos brasileiros não saem de casa sem os seus dispositivos. A psicóloga ressalta que o uso exagerado do aparelho pode trazer consequências.

“Não se questiona a importância dos aparelhos eletrônicos para facilitar a comunicação e as infinitas opções para o trabalho e o lazer. Mas, se usados com exagero, eles podem ser prejudiciais à saúde e levar ao desenvolvimento de transtornos psicológicos como depressão e ansiedade”.

A profissional da saúde explica que é preciso analisar as consequências do uso descontrolado e os prejuízos desse comportamento.

“Nesses tempos de mundo digital se tornou necessária a validação das ações no ambiente virtual e essa busca limita a liberdade de se expressar livremente por temer a rejeição e ao invés de se criar transparência são criadas camadas que não têm profundidade, apenas o objetivo de transmitir uma impressão e consequentemente essa pressão por perfeição nas redes sociais pode se transformar em uma dependência e levar a necessidade de ajuda psicológica.”

Berta pondera que o problema não é a tecnologia em si, mas a maneira como nos relacionamos com ela, já que o celular é um item quase que essencial para muitas pessoas que usam para trabalhar e estudar. Ela defende que o uso deve ser de forma saudável para que o aparelho seja um auxílio e não uma dependência.

“Muitos estudos demonstram que o uso excessivo da tecnologia pode afetar diversas áreas da vida, desencadeando sintomas como hiperatividade e perda de foco. Por mais que pareça impossível deixar o celular de lado, é fundamental a busca por controle e realizar atividades que demandem atenção como cozinhar, palavras-cruzadas e pausas de 15 minutos a cada duas horas”, conclui a psicóloga.

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Redação SRzd

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