A Fábrica do Samba, complexo idealizado para abrigar os barracões das agremiações do Grupo Especial, na Barra Funda, Zona Oeste da cidade de São Paulo, foi finalizada. O custo total foi de R$ 211,8 milhões.
Segundo o G1, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), informou que a obra do bloco C, local que vai contar com sete agremiações, foi concluída em fevereiro – mês que foi inicialmente prometido pela prefeitura no ano passado. O espaço será oficialmente entregue à Liga das Escolas de Samba de São Paulo nos próximos dias pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).
“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB ), esclarece que as obras da Fábrica do Samba foram concluídas dentro do prazo legal e contratual. Os blocos foram finalizados em fevereiro, restando apenas detalhes como retoques e manutenções necessárias no local. A inauguração do espaço está prevista para os próximos dias”, informou em nota a prefeitura.
O espaço chegou a ser inaugurado parcialmente em 2016, ano em que a construção foi paralisada por falta de verba. Atualmente, sete dos quatorze barracões abrigam as seguintes agremiações: Águia de Ouro, Mancha Verde, Acadêmicos do Tatuapé, Unidos de Vila Maria, Dragões da Real, Tom Maior e Gaviões da Fiel.
A Fábrica está a menos de 3 km do Sambódromo do Anhembi, junto à Ponte da Casa Verde. Ela contará com 14 barracões, área administrativa, o Memorial do Samba, salas de aula e área externa.
A área total tem cerca de 64 mil metros quadrados. O espaço é dividido em três blocos. O Bloco A, com três galpões, o Bloco B, com quatro galpões, e o Bloco C, com sete galpões.
Os primeiros passos envolvendo o projeto foram dados em 2005, através da Assessoria de Projetos Estratégicos da São Paulo Turismo, desde então, mudança de endereço, paralisações, burocracia com aprovações e liberações de documentos por diferentes órgãos, somados a alguns atrasos na construção, envolvem o tão sonhado espaço reservado para as criações dos artistas da folia.
O complexo em si teve suas obras iniciadas em 2012 e é considerado, assim que for concluído, um divisor de águas para o Carnaval paulistano, uma vez que todos os processos de concepção e execução do espetáculo deverão ser modificados.
Com mais de 77 mil m² de área construída, o espaço, que fica na Avenida Doutor Abraão Ribeiro, esquina com a marginal Tietê, distante apenas mil e cem metros do Sambódromo, abrigará, além dos barracões das agremiações, o “Barracão Escola”, sede administrativa e estacionamento com 140 vagas.
Em cada um dos barracões, todos idênticos e com 4.200 m², trabalharão, em horário comercial, em média, 120 homens e mulheres, manuseando produtos químicos, tinta, isopor, tecido, plástico, vidro, ferro e madeira.
O projeto, que tinha orçamento previsto de R$ 126 milhões, busca garantir para as escolas de samba melhores condições de trabalho, contexto que irá refletir diretamente na qualidade dos desfiles carnavalescos. Nas áreas comuns, além da administração e salas de aula, haverá também portaria, subestações de energia e uma central de reciclagem e reaproveitamento de materiais.
Os barracões foram projetados, inicialmente, para serem ocupados pelas escolas do Grupo Especial e, a cada ano, dependendo do resultado e do regulamento, aquelas que forem rebaixadas deverão liberar o espaço para a entrada das que conquistarem vagas vindas do Grupo de Acesso 1.
Quantos barracões construídos?
14, mais o barracão escola e de administração
Qual o tamanho da área de cada barracão?
4.200 m² de área construída
Qual o valor do investimento previsto inicialmente?
R$ 126 milhões
Qual a metragem do terreno?
77 mil m²
De quem é o terreno?
Da Prefeitura Municipal de São Paulo
Quem ocupa os barracões?
As escolas de samba do Grupo Especial paulistano
E como fica quando a escola é rebaixada do Especial para o Acesso 1?
Ela sai e dá lugar para aquela que conquistou a vaga na disputa do Grupo Especial.
Desde o início do projeto o SRzd Carnaval SP acompanha de perto todo o processo envolvendo a Fábrica do Samba. Em 2012, Luiz Sales, na época diretor de ações estratégicas e comunicação da SPTuris, recebeu a reportagem do portal no canteiro de obras.
No mesmo ano a equipe do SRzd conversou com os presidentes das escolas de samba que visitaram e vistoriaram o local.
Finalmente, ainda no ano de 2012, o SRzd sobrevoou o terreno captando imagens exclusivas das instalações da Fábrica do Samba.
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