Mariana Xavier: ‘Sou uma mulher gorda e gosto do que vejo no espelho’

A atriz Mariana Xavier fez uma postagens nas redes sociais para dizer que leva uma vida saudável mesmo diante da pressão que sofre para emagrecer.

O assunto foi abordado diante de algumas atitudes da Bárbara Heck, participante do  BBB 22, que costuma chupar limão, o que preocupou os seus colegas de confinamento sobre um possível transtorno alimentar dela. Bárbara fez jejum e mostrou uma visão distorcida do próprio corpo ao revelar culpa ao comer determinados alimentos.

“Já há alguns anos eu sou uma mulher gorda. Nada de fofinha, fortinha. Não precisa de eufemismo porque gorda não é palavrão: é só uma característica que me descreve, mas não me define. Eu me alimento de forma equilibrada, me exercito com regularidade, durmo bem, tenho energia pra executar minhas tarefas, gosto do que vejo no espelho e meus exames estão todos bons. Ainda assim de vez em quando tem alguma criatura saindo do bueiro pra dizer que eu tenho que emagrecer pela saúde”, escreveu a artista que já foi madrinha da ala plus size da escola de samba paulistana Acadêmicos do Tucuruvi.

“Que conceito de saúde é esse que normaliza relações totalmente disfuncionais com a autoimagem e com a comida desde que você tenha um corpo magro, e chama de romantização da obesidade uma luta que é apenas pra respeitarem o direito de os nossos corpos existirem livremente no mundo?”, completou.

Não é a primeira vez que Mariana Xavier fala sobre o preconceito que quem está acima do peso sofre na sociedade. Bem resolvida com seu corpo, ela costuma dizer que lida com a balança mantendo-se em atividade.

“Eu cuido, não sou uma gorda sedentária. As pessoas acham que todo gordo vive deitado no sofá agarrado com uma panela de brigadeiro. Estou sempre na academia dançando, procuro manter uma alimentação saudável para ‘sapatear’ na jaca sem culpa quando quiser”, disse em entrevista concedida para Fabio Porchat em 2018.

Ela é a favor que se tire o peso de uma palavra que é terror para muitas mulheres: “‘Gorda’ é só uma palavra, só um adjetivo, uma característica, como ‘alta’, ‘baixa’, ‘magra’. Temos que tirar essa coisa sombria. O problema é o tom que você usa, quando passa a reduzir a pessoa a ‘gorda’, como se o peso fosse a única questão da vida dela”.

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