Brasília uma capital que merece fazer jus de ser um exemplo

Brasília ostenta indicadores a altura de sua magnitude, mas também ostenta fragilidades que lhe confere estar classificada, por exemplo, no caso do tema em questão, dentre as 10 cidades com piores condições no serviço de transporte público, aliás uma lástima neste quesito.

Vale a pena destacar que o critério utilizado para este estudo levou em consideração um universo de 86 metropoles um universo restrito em nivel mundial. Caso fosse estendido para um universo maior de metrópoles talvez tivéssemos nos safado desta incomoda posição.

Aliás a baixa qualidade do serviço, a falta de conforto, comodidade e a carência na cobertura dos serviços formam um forte apelo pela opção concentrada e irracional no modelo de uso dos automóveis de passeio.

Por que Brasilia carrega o fardo de estar entre as 10 cidades que oferecem o pior serviço de transporte público?

Por onde se anda pelas metrópoles brasileiras, e Brasília não fica fora, vê-se e propaga-se a teoria da individualidade na ocupacao cuja média nacional é de incríveis 1,3 passageiros por automóvel.

Encontramos anomalias do tipo de conviver e estimularmos alternativas de transporte por meio de opções perigosas, desconfortáveis e caras para a maioria da população seja em ônibus, vans, trens, metrôs, BRT as opções mais utilizadas e que sacrificam ao extremo os passageiros de nossas cidades.

A oferta de transporte público expõe indicadores de baixa qualidade que tornam os deslocamentos urbanos em condições totais e plena da sua carência de qualidade e de conforto.

Por que Brasília carrega o fardo de estar entre as 10 cidades que oferecem o pior serviço de transporte público? Vejamos:

Em média o tempo de espera é de inacreditáveis 28 minutos um tempo absurdamente alto se levarmos em consideração apenas este aspecto são 136 minutos diários ida e volta disperdiçados apenas para esperar a chegada do transporte público.

Distâncias percorridas diariamente indo e voltando alcançam 30 kms. Distância excessiva levando em consideração que a maior parte do tempo o usuário perde seu tempo em infindáveis engarrafamentos de trânsito que poderiam ser mitigados desde que fossem ofertados serviços de melhor qualidade.

O conceito de qualidade exerce um peso estratégico em desestimular os cidadãos a não usarem os veículos de passeio despressionando o fluxo nas vias públicas e consequentemente melhorando a qualidade de vida população, mas a falta de interesse dos gestores públicos impressiona.

Continuando o raciocínio o deslocamento casa trabalho na capital, exige também muito humor e paciência, pelos intermináveis congestionamentos comuns as metrópoles brasileiras.

O segundo pior tempo desprendido, dentre as 74 cidades principais de espera pelo transporte público é de Brasília.

No deslocamento novamente possuimos uma triste classificação somos o segundo pior em tempo de locomoção.

No gasto em passagens empenhamos 5,77% da renda do consumidor brasiliense para esta finalidade. Terceira posição no Brasil. Tarifas caras e serviços incompatíveis.

O desafio é imenso e deve ser encarado como uma prioridade estratégica observados os diversos indicadores, a proximidade das eleições gerais deve contemplar nos programas de governo políticas publicas que apresentem projetos que enfrentem está dura e incomoda realidade nos transportes públicos da capital Federal que merece ser exemplo para o nosso país.