‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’ tem abertura superior a US$ 330 milhões
“Pantera Negra: Wakanda para Sempre” é dirigido por Ryan Coogler (Foto: Divulgação).
A morte de Chadwick Boseman, em 28 de agosto de 2020, cercou a continuação de “Pantera Negra” (Black Panther – 2018, EUA) de dúvidas. Muito se especulou acerca não apenas da história, mas de um substituto(a) para vestir o manto de protetor(a) de Wakanda. Mas de uma coisa ninguém nunca duvidou: a sequência, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” (Black Panther: Wakanda Forever – 2022, EUA), rapidamente se tornaria sucesso comercial. E os números falam por si só, pois o longa abriu com US$ 331,6 milhões em bilheterias mundiais, sendo US$ 181,3 milhões somente no mercado americano, de acordo com o Box Office Mojo.
Segunda maior abertura de 2022, ficando atrás apenas de outro título do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” (Doctor Strange in the Multiverse of Madness – 2022, EUA), que arrecadou US$ 450 milhões em bilheterias mundiais (US$ 185 milhões apenas nos Estados Unidos), “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” não superou a do longa original, que conquistou US$ 371,4 milhões ao redor do globo, dos quais, US$ 202 milhões arrecadados no mercado americano. Esse faturamento menor para um filme aguardado com ansiedade pelos fãs se deve em parte à não distribuição na Rússia, em decorrência da guerra contra a Ucrânia, e na China, onde a exibição do filme ainda não foi autorizada por censores também por apresentar um casal homoafetivo, de acordo com o The Hollywood Reporter.
Principal mercado do cinema contemporâneo, a China tem se fechado às produções hollywoodianas, colocando uma série de impedimentos para exibi-los em seus cinemas, priorizando a produção local. E os efeitos sobre o ranking das maiores bilheterias têm sido observados nos últimos anos, colocando blockbusters chineses entre os títulos mais lucrativos, mesmo com o país implementando lockdowns severos para a contenção do novo coronavírus, que ainda é um problema de escala global – o crescimento recente de casos de Covid-19 também tem afastado parte do público das salas de exibição em diversos países.
Encostando em “Adão Negro” (Black Adam – 2022, EUA), que totaliza 351,5 milhões e também não chegou ao mercado chinês, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” está pavimentando o seu caminho para terminar o ano entre as grandes arrecadações do cinema. Mas para chegar ao topo até o final de dezembro, precisará superar não apenas “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, que atualmente ocupa o terceiro lugar do Top 10 com US$ 955,7 milhões, como também “Jurassic World: Domínio” (Jurassic World: Dominion – 2022, EUA), na segunda posição com US$ 1,001 bilhão, e “Top Gun: Maverick” (Top Gun: Maverick – 2022, EUA), o campeão de bilheteria, até o momento, com US$ 1,486 bilhão.
Com direção de Ryan Coogler, responsável também pelo longa anterior, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” começa mostrando Wakanda de luto por seu rei e protetor. Sem um novo Pantera Negra e com a Rainha Ramonda (Angela Bassett) no comando, o país enfrenta diversas ameaças internacionais por não querer compartilhar sua principal matéria-prima, o vibranium. E essa busca por um metal tão poderoso acaba despertando a fúria de Namor (Tenoch Huerta), que deseja declarar guerra à superfície, inclusive à Wakanda, obrigando Shuri (Letitia Wright) a sair a campo com Okoye (Danai Gurira) para interromper os planos de uma jovem cientista cujo invento tem grande valor para a CIA.
Apresentando dois novos personagens ao público, Riri Willians/ Coração de Ferro (Dominique Thorne) e Namor (Tenoch Huerta), “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” é um exemplo de representatividade na tela grande, inclusive por aumentar o espaço e protagonismo de mulheres em comparação a outros títulos do próprio UCM. E, não há como negar, é mais que um filme de ação. É uma homenagem ao homem eternizado como o primeiro super-herói negro da Marvel, inspirando crianças do mundo inteiro.
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