Vencedor do Troféu Redentor de melhor atriz para Leandra Leal no Festival do Rio 2012, o drama “Éden” (2012) chega ao circuito nesta quinta-feira, dia 04, após uma espera de cinco anos.
Ambientado no Rio de Janeiro, este longa dirigido por Bruno Safadi mostra a evangelização da população através de uma jovem moradora da Baixada Fluminense que perde o pai de seu filho no oitavo mês de gestação. Desesperada e sentindo-se sem rumo, Karine (Leal) é levada por Wagner (Júlio Andrade) à Igreja do Éden, onde assiste ao culto com total incredulidade. Apesar disso, acaba envolvida com a pregação do pastor Naldo (João Miguel), tornando-se uma de suas seguidoras.
“Éden” acerta no tom teatral com o qual o culto é mostrado, misturando histeria (por parte do pastor) e o êxtase dos fiéis, completamente entregues às palavras do pastor que prega até mesmo contra He-Man – “Não entra palavrão, não entra cigarro, bebida, revista de mulher pelada e nem televisão. Televisão, não! Quando era criança, eu e a evangelista Maria ficávamos horas na frente da TV. Assistindo o quê? He-Man! He-Man! Os dois de capinha nas costas levantando espadas, gritando em nome de Grayskull. Não pode deixar. Não pode deixar porque isso é um adversário entrando na mente das crianças”. Neste ponto, o mérito é dos atores João Miguel e Júlio Andrade.
Completamente entregue ao personagem, João Miguel consegue transmitir com muita naturalidade ao espectador os métodos persuasivos de um religioso fundamentalista, enquanto Júlio Andrade incorpora o fiel que nada questiona, apenas absorve tudo à sua volta com uma crença desmedida. São dois dos maiores atores do cinema brasileiro contemporâneo brilhando absurdamente a cada cena e, por esta razão, deveriam ter tido mais espaço neste longa que conta ainda com outra boa atuação: Leandra Leal, que trabalha com precisão a fragilidade, incredulidade e a necessidade de suporte emocional da personagem, muitas vezes transmitindo cada sensação apenas com o olhar.
“Éden” é uma produção interessante que começa de forma impactante, mas perde parte de sua força na segunda metade ao colocar a abordagem da fé desmedida em segundo plano para mostrar o drama de Karine, que busca apoio na Igreja do Éden mesmo sem concordar com seus preceitos. Desta forma, perde a oportunidade de criticar com afinco não apenas o fundamentalismo religioso, mas também a violência que assola as grandes cidades e as consequências de ambos para a sociedade.
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