Acordo provisório evita greve de roteiristas em Hollywood

Na última segunda-feira, dia 1^o, o Sindicato de Roteiristas (Writers Guild of America – WGA) e a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (Alliance of Motion Picture and Television Producers – AMPTP) encontraram uma solução para que Hollywood e seus profissionais não sofressem os efeitos colaterais de uma nova paralisação: um acordo provisório que será válido pelos próximos três anos.

“O Sindicato dos Roteiristas, Oeste e Leste, e a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão concluíram as negociações e chegaram a um acordo provisório em termos para um novo acordo coletivo de trabalho para três anos”, informaram o WGA e a AMPTP em nota conjunta à imprensa nesta terça-feira, dia 02.

Segundo o The Hollywood Reporter, as duas instituições começaram a negociar os termos de renovação do contrato em 13 de março e as principais reivindicações dos membros do WGA eram em relação ao plano de previdência, melhoria nos planos de saúde e aumento salarial, inclusive em relação às plataformas digitais, como Netflix, Amazon e Hulu. E, no acordo firmado pelo WGA e pela AMPTP na última segunda-feira, os roteiristas garantiram temporadas mais curtas para séries de televisão, proteção durante o período de licença parental e aumento de 15% nos royalties (residuais) da TV por assinatura, entre outras reivindicações que ainda não foram divulgadas.

“Nós conseguimos tudo o que queríamos? Não. Tudo o que merecemos? Certamente não. Mas por causa do apoio quase unânime que tivemos de você e de sues companheiros roteiristas, nós estivemos aptos a conseguir um acordo que renderá aos membros deste Sindicato US$ 130 milhões a mais, durante o período do contrato, que é mais do que esperávamos aceitar. Esse resultado, essa resolução, é uma prova para você, da sua coragem, e da sua fé em nós como seus representantes”, disse o Comitê do WGA aos seus membros, segundo o que foi divulgado pelo The Hollywood Reporter.

A última greve do WGA aconteceu entre 05 de novembro de 2007 e 12 de fevereiro de 2008, ocasionando problemas não somente à indústria, mas aos seus profissionais. Conhecida como “Greve dos 100 Dias”, a paralisação causou um prejuízo estimado em US$ 2,5 bilhões aos estúdios e produtoras americanos.

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