‘Rotularam nossa entidade como escola de branco’, diz Paulo Serdan, presidente da Mancha Verde

Mancha Verde inaugurou um novo espaço de convivência para sua comunidade. Foto: Inácio Rodrigues. Foto: Sergio Ortiz/Divulgação

Atual campeã do Carnaval de São Paulo, a escola de samba Mancha Verde inaugurou um novo espaço de convivência para sua comunidade em sua quadra social na tarde desta quarta-feira (20), Dia da Consciência Negra.

No evento que reuniu componentes da verde e branca e teve show dos batuqueiros do grupo Art Popular, partida de futebol comemorativa e rodas de samba, o presidente Paulo Serdan justificou a criação do espaço “A Eterna Herança de Zumbi. Salve a Princesa, Viva o Povo Negro”.

Em sua fala, o dirigente explicou a representatividade da ação que eterniza o título conquistado na Avenida através do enredo “Oxalá, salve a princesa! A saga de uma guerreira negra” e conquistou o seu primeiro título do Grupo Especial. Relembre o desfile desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Freitas.

“Sempre pensamos em fazer algo especial neste local. Não é uma resposta pra ninguém, pois as pessoas rotularam nossa entidade como entidade de branco só que esquecem que nossa entidade é de miscigenação absurda. A simbologia desta praça é muito grande pra gente. Ficou um espaço de paz e com uma energia muito grande. A gente sabe que estamos num país em que o racismo e a desigualdade existem”, disse Serdan antes de Reginaldo Pereira e a porta-bandeira Adriana Gomes cortarem a faixa de inauguração.

Assista:

Em 2020 a verde e branca levará para a Avenida o tema: “Pai! Perdoai, eles não sabem o que fazem!”, quando será a quarta a desfilar na sexta-feira, 21 de fevereiro, no Sambódromo do Anhembi.

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