Flávio Campello: ‘A Tom Maior tem planejamento e isso me conquistou’

Responsável por desenvolver neste ano o enredo “O Pequeno Príncipe no Sertão”, que foi baseado no livro “Pequeno Príncipe em Cordel”, escrito por Josué Limeira e ilustrado por Vladimir Barros, o carnavalesco Flávio Campello vai para mais uma temporada na Tom Maior.

Campeão na Acadêmicos do Tatuapé em 2017, o artista tem em seu currículo mais de uma década de serviços prestados em São Paulo, com passagens pela Império de Casa Verde, Acadêmicos do Tucuruvi, Dragões da Real, X-9 Paulistana e Mocidade Alegre.

Para ajudar a Tom na conquista do seu primeiro título na folia paulistana, Campello desenvolve o enredo “Um culto às mães pretas ancestrais” para o Carnaval 2023.

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Ao SRzd, o carnavalesco afirmou que o segundo projeto em qualquer agremiação fica mais fácil: “Acho que o segundo trabalho tem cara de amadurecimento, porque a gente conhece um pouco as característica da escola, do atelier, a funcionalidade disso tudo”.

O sambista revelou que já ouviu a história que é contada no enredo através de sua saudosa mãe: “Desde pequeno eu ouvi muito essa história das Iyamis, então pensei: ‘por que não um ano poder enaltecer tudo isso e transformar em um enredo?'”.

No último dia 11, a comunidade e os simpatizantes da vermelha e amarela conheceram as fantasias que vão ilustrar o tema 2023. Sobre os figurinos, Flávio destacou que eles não terão penas animais.

“Gostei da filosofia de fazer um Carnaval mais ecológico, sem pena animal, porque acho que isso realmente é a tendência. A Beija-Flor, no Rio de Janeiro, fez isso no ano passado com todos os segmentos. Acho que isso tem uma importância para o mundo. Mostrar que o Carnaval pode ser feito de uma forma totalmente ecológica. É algo que todas as escolas poderiam pensar”, opinou.

“Estamos com mais de 40% da escola reproduzida, isso é muito importante. Nossa equipe já tem dois meses de trabalho. A Tom Maior tem planejamento e isso me conquistou, porque carnavalesco quer trabalhar numa escola que te proporcione isso e a Tom Maior tem de sobra”, completou.

Questionado sobre o custo para fazer o próximo desfile, o carnavalesco afirmou que a saída foi fazer um projeto mais limpo. Vale lembrar que para o próximo ano, a TV Globo, detentora da transmissão do Grupo Especial de São Paulo, reduziu o valor fixo e ofereceu um pagamento variável que será repassado às agremiações dependendo das metas publicitárias alcançadas.

“É um ano muito complicado, porque tivemos um corte relativamente significativo na verba e isso de fato dificulta um pouco. O caminho que a gente encontrou, um Carnaval mais clean, com leitura mais acentuada foi uma solução agradável”, finalizou.

A agremiação liderada por Luciana Silva será a sexta escola a desfilar na sexta-feira, dia 17 de fevereiro, no Sambódromo do Anhembi.