A tradicionalíssima Nenê de Vila Matilde já tem enredo para 2019.
O tema da azul e branca, e não é qualquer um, foi lançado na madrugada deste domingo (10) em seu terreiro na Zona Leste da cidade de São Paulo.
+ Galeria de fotos do evento de lançamento do enredo
“A majestade do samba chegou. Corri pra lá, pra ver quem era. Chegando lá, era a Nenê e a Portela”. Sim, as duas águias mais famosas do país vão se encontrar num desfile azul e branco, repleto de emoções e símbolos na passarela paulistana no próximo ano.
Dentre as oito escolas do Grupo de Acesso 1, Barroca Zona Sul, Mocidade Unida da Mooca, Independente Tricolor, Camisa Verde e Branco e Pérola Negra já anunciaram os seus. Unidos do Peruche e Leandro de Itaquera ainda não tornaram público quando farão a divulgação dos respectivos projetos para a disputa no próximo ano.
Uma das atrações do evento na Vila foi a presença da madrinha matildense, e agora tema do enredo, a coirmã carioca Portela.
As mesmas cores, o mesmo símbolo e o mesmo peso do pavilhão.
A maior campeã do Rio de Janeiro compareceu com seus diferentes segmentos na quadra social da Nenê para a apoteose da festa, já bem próximo do amanhecer deste domingo.
Em 1998, a Nenê cantou a Estação Primeira de Mangueira na Avenida com o enredo; “Sementes do samba. União de gente bamba”, ficando com o vice do Especial, em um desfile histórico. Agora, para celebrar setenta anos de sua história, exalta a Portela.
Após o quarto lugar no Grupo de Acesso 1 em 2018, o presidente da Nenê de Vila Matilde se pronunciou oficialmente sobre o resultado de Carnaval e o atual estágio de uma das mais tradicionais escolas de sambas do país, pressionada por opositores da atual gestão e torcedores apaixonados decepcionados com a sequência de maus resultados no concurso.
Rinaldo Andrade, o Mantega, assinou um extenso comunicado publicado na página oficial da azul e branca no Facebook. No texto, sinalizou com mudanças profundas na estrutura administrativa da agremiação e falou da destituição de todos os cargos.
A reprodução de bastidores agitados pelos lados da Zona Leste, não é exatamente uma novidade.
No mesmo período de pós-Carnaval, no ano passado, o clima foi de tensão. Até uma suposta agressão ao presidente foi ventilada, fato negado por ele na época.
A sequência dos meses trouxe um elenco totalmente reformulado para a disputa em 2018, com a manutenção, apenas, de Agnaldo Amaral, no comando do carro de som. Agora, como os olhos voltados para 2019, a “Águia Guerreira” quer voltar ao seu ninho, a divisão principal, seu lugar de direito dentro do samba de São Paulo.
Pela terceira vez em sua história, a Nenê de Vila Matilde vai buscar um retorno ao Grupo Especial.
Nestas quase sete décadas de existência, além da queda em 2017, outros dois dissabores; em 2009 e em 2011.
O terceiro rebaixamento completou o cardápio de um cenário muito diferente da trajetória vitoriosa, construída, em boa parte, pelas mãos de Alberto Alves da Silva, o seo Nenê, eterno baluarte do samba nacional. A Nenê ainda registra um tabu de 16 anos sem título na elite.
+ a performance da escola nos últimos cinco Carnavais após o 4º lugar do Acesso este ano
Após comunicar a destituição de todos os cargos, em fevereiro deste ano, a diretoria anunciou Vladimir Carvalho, Willian Pereira e Felipe Diniz, como integrantes da comissão de Carnaval.
Outro reforço é a coreógrafa de comissão de frente, Mônica Oliveira, vinda da coirmã Acadêmicos do Tucuruvi, além de Junior Schall, Ednaldo Santos, Luciana Moreira e Alani Silva, na comissão de direção de Carnaval.
Outros setores também ganharam novos responsáveis; Larissa Cunha, diretora administrativa; Marcos Alves, Emerson Gelmi, Milton Elias e Antônio Soares, formando a comissão de harmonia.
Na coordenação geral das alas, Roberto Ferreira, a frente do departamento de destaques, musas e composições, Olivia Lucas, e de contrato renovado, Agnaldo Amaral, partindo para seu sexto ano seguido como voz oficial da “Águia Guerreira”. Ainda divulgou a permanência do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira André Guedes e Edilaine Campos.
A maior novidade, porém, está na direção da “Bateria de Bamba”. Para o lugar de mestre Pascoal, um quarteto, formado por Ítalo, Felipo, Matheus e Apagão.
Com 268,9 pontos, a Nenê cantou no sambódromo do Anhembi em 2018 o enredo; ‘A epopeia de uma Deusa africana’.
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