Amarildo de Mello opina sobre o Carnaval 2022 e aguarda ‘retorno de verbas’ para o projeto da Leandro de Itaquera
Em busca do título do Grupo de Acesso 1 no próximo Carnaval, a Leandro de Itaquera vai levar para a Avenida o enredo: “No ecoar dos tambores e no feitiço da Leandro – De Dahomé as terras da encantaria – O cortejo da rainha Jeje e os segredos de Xelegbtá”. Segundo o carnavalesco Amarildo de Mello, a história vai falar do candomblé Jeje e dos vudus. Clique aqui para ler a sinopse.
Em São Paulo, o artista contabiliza passagens pela X-9 Paulistana, Águia de Ouro, Unidos do Peruche e Imperador do Ipiranga. No Rio, trabalhou pela Beija-Flor, onde fez parte da comissão campeã em 1998, Portela, Arranco do Engenho de Dentro, Sereno de Campo Grande e Acadêmicos do Cubango.
Ao SRzd, o sambista deu sua opinião a respeito da realização do Carnaval em 2022, destacou a importância do evento para os profissionais que sobrevivem da folia e expôs em que fase está o projeto da vermelha e branca para seu próximo desfile.
Na semana passada, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB, declarou que “a princípio, a cidade terá Réveillon, terá Carnaval” em 2022. A prefeitura, inclusive, montou dois grupos de trabalho para tratar sobre as duas festas que movimentam milhares de pessoas e que foram canceladas em 2021 em razão da pandemia.
O otimismo também acompanha o governador João Doria (PSDB), que projeta uma reabertura gradual de público em eventos culturais a partir de outubro.
Para Amarildo, é “muito provável” que a festa de momo aconteça no próximo ano: “Eu acho viável acontecer de acordo com o andamento dos números de vacinados. Particularmente eu já fui mais pessimista, porém com o andamento da vacinação entrando em estágio mais acelerado, acho muito provável que tenhamos desfiles carnavalescos em 2022.”
Desde o início da pandemia da Covid-19, a grande preocupação dos sambistas é como encontrar fontes de renda para sobreviver. Com o cancelamento definitivo do Carnaval na cidade de São Paulo em 2021, em virtude do agravamento da doença, a apreensão só aumentou.
Segundo o carnavalesco, falou-se que muitos setores foram prejudicados, mas que o de entretenimento e eventos – no qual o Carnaval se insere – foram sempre “esquecidos”.
“Caso haja possibilidades sanitárias e condição para acontecer os desfiles, será de suma importância, dando assim início ao implemento dessa cadeia produtiva que movimenta vários setores da economia”, declarou.
Quanto ao projeto para o próximo Carnaval, Mello afirmou que não fez nenhuma mudança em sua concepção: “Nosso enredo segue a mesma proposta na íntegra, até porque já foi escolhido nosso samba de enredo há quase 1 ano. Tenho visto e revisto o projeto de concepção plástica, mas tem me deixado satisfeito. Então só restam definições de datas e repasse de verbas, para retornarmos aos trabalhos.”
O sambista disse também que os preparativos estão “a passos lentos, devido ao longo tempo de espera pelo próximo Carnaval” e que durante este ano ele teve “momentos de desespero e ansiedades”, mas que agora está mais confiante.
“Todo projeto plástico está pronto e as esculturas definidas. Tudo muito no início. No que diz respeito a fantasia, os pilotos estão iniciando. Na verdade, aguardando o retorno de verbas, uma vez que a Leandro não tem outras fontes de renda e trabalha exclusivamente com repasse de verbas proveniente do evento”, finalizou o artista.
Medonha, André Ricardo, Juninho Branco, Jacopetti, Douglas Chocolate, André Filosofia, Luiz Pião, Beto Colorado, Nando do Cavaco e Marcelo Adnet são os compositores da trilha sonora do desfile. Clique aqui para ouvir.
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