Dimas Covas pensa diferente do prefeito sobre liberar Carnaval e Réveillon em SP: ‘Muito precoce’

Réveillon e Carnaval em São Paulo. Foto: Divulgação/José Cordeiro/SPTuris

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, que também é membro do Centro de Contingência ao Coronavírus em São Paulo, disse que, diante do cenário atual da pandemia, não é o momento de cogitar reaberturas maiores de serviços não essenciais, muito menos pensar em eventos com grandes aglomerações, como Carnaval e Réveillon.

“É muito precoce. Não sabemos o que vai acontecer. O grande aprendizado atual é o seguinte: a pandemia não é uma situação matemática. Temos que observar dia a dia”, afirmou em entrevista ao portal UOL.

Na semana passada, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB, declarou que “a princípio, a cidade terá Réveillon, terá Carnaval” em 2022. A Prefeitura de São Paulo, inclusive, montou dois grupos de trabalho para tratar sobre as duas festas que movimentam milhares de pessoas foram canceladas em 2021 em razão da pandemia.

O otimismo também acompanha o governador João Doria, que projeta uma reabertura gradual de público em eventos culturais a partir de outubro.

“No ano passado, muitos falavam que a pandemia acabaria em setembro, outubro. Ela piorou em novembro e abril deste ano foi o mês mais grave da pandemia. Tivemos quase o dobro de casos e óbitos do ano passado. Ainda veio a variante Delta, nova, precisamos ver o comportamento, o que vai acontecer. Ela apresenta problemas
com algumas vacinas —não com a CoronaVac. É muito precoce [a discussão sobre reabertura]”, completou Covas após pedir cautela e lembrar que o estado de São Paulo está “começando a ver” os efeitos da vacinação em “ambiente de controle”.

Dimas Covas. Foto: Butantan/Divulgação

“Estamos em ambiente de medidas de restrição, tendo um efeito claro da vacinação. O que não se pode fazer é uma reabertura generalizada, que aí corremos o risco de fazer o que aconteceu em outros países”, apontou.

Dimas Covas ainda citou como exemplo a alta de casos de Covid-19 no Chile, mesmo com boa parte da população parcialmente vacinada e fez um alerta: “Nós precisamos descer os números de casos, óbitos e internações, mas descer substancialmente, e aí, sim, pensar em aberturas mais amplas”.

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