União da Ilha, 71: O bom, bonito e barato nunca reconhecido pelos jurados

União da Ilha. Foto: SRzd

União da Ilha, 71: O bom, bonito e barato nunca reconhecido pelos jurados:

Rio. Uma setentona de respeito no Carnaval do Brasil. A União da Ilha do Governador completa hoje, 7 de março, setenta e um anos de história.

Considerada uma das mais queridas e simpáticas escolas de samba da cidade do Rio de Janeiro, foi fundada em 1953 pelos amigos Maurício Gazelle, Quincas e Orphylo, que estavam na Estrada do Cacuia, principal local de desfile do Carnaval da Ilha do Governador, assistindo à apresentação de pequenas escolas de samba e blocos de vários bairros da Ilha. Foi aí que decidiram que o bairro do Cacuia deveria ter uma escola de samba que o representasse.

Dona de grandes desfiles, chegou ao grupo principal nos anos 1970. Grandes desfiles, marcados por obras musicais antológicas que passaram a integrar, obrigatoriamente, a playlist dos mais populares sambas de enredo de todos os tempos. Alguns deles furaram a bolha carnavalesca e ganharam regravações nas vozes de nomes de expressão da música popular brasileira.

Nessa onda popular que marcou sua ascensão na festa, destaque para Domingo, Amanhã, O que será?, Festa Profana, É hoje e outra criação que lhe resume bem; Bom, bonito e barato, de 1980 (relembre):

A simplicidade dos desfiles da Ilha, concebidos por muitos anos pelo que há de mais nobre no Carnaval, a alegria, nunca foi, porém, capaz de ser compreendida pelos julgadores.

Seus carnavais épicos e memoráveis, não foram suficientes para suplantarem o investimento maciço de outras rivais. Mas se a alegria nunca venceu o concurso, certamente conquistou muitos campeonatos nos corações dos que apreciam a verdadeira essência do Carnaval. Parabéns, Ilha!

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