Renato e Márcia Lage falam sobre enredo da Grande Rio e relembram fatalidade do último Carnaval

O casal de carnavalescos Renato e Márcia Lage também marcou presença, no último sábado (22), na celebração de 30 anos da Acadêmicos do Grande Rio. Durante o evento, a dupla conversou com o SRzd sobre o desenvolvimento do novo enredo e comentou fatalidade que ocorreu com o último carro da escola, que não entrou na Avenida neste ano.

Para Márcia Lage, estar na Grande Rio pelo segundo ano consecutivo vem com a sensação de estar casa. “Esse ano é diferente porque já passou a expectativa inicial da estreia. A gente cria mais confiança e um laço melhor com a comunidade. Sabemos o que funciona e estamos, também, mais a vontade. A gente se sente mais em casa”, revelou.

Apesar disso, a dupla concorda que cada novo ano, é um desafio diferente. “Cada carnaval é um carnaval. Pra mim, é um momento, um estado de espírito. Cada tema precisa de um tratamento específico”, compartilhou Renato. Já Márcia reitera que, apesar de ser um período de renovação, eles chegam com uma bagagem maior. “A gente renasce todo ano. Cada enredo é um renascer. A gente deixa pra trás um ano inteiro e segue no novo. É uma experiência muito engrandecedora. Você vai trocando suas cascas e aprimorando cada vez mais”, comentou.

Problemas no Carnaval: “Quem nunca…?”

Em 2019, a Grande Rio passará pela Avenida com o enredo “Quem nunca…? Que atire a primeira pedra”. De acordo com os carnavalescos, o tema abordará situações como a falta de educação de um ponto de vista de “quem somos nós para julgar?”. “É um tema irreverente que carrega humor. O carnaval sempre foi irreverente, bem-humorado, brincalhão e alegre. Se você olhar o carnaval nos seus primórdios, ele era feito com críticas na base de sacanear o outro”, disse Renato.

Márcia acredita que o tema também pode ser aplicado aos erros, como o problema no carro da escola neste ano. “Com esse enredo a gente quer mostrar que a gente erra sim. E erramos. Mas quem nunca? Só porque foi capaz de errar, não merece uma outra chance? Não estamos querendo justificar um erro pelo erro dos outros. Só queremos dizer que julgamentos não deveriam ser feitos, afinal, todo mundo erra. E assim, que isso traga uma reflexão para o Carnaval. Para a maneira como as coisas são encaminhadas e para que as críticas sejam construtivas para construirmos um Carnaval ideal. Isso serve pra qualquer outra escola, pra qualquer outro profissional. Todos, apesar de tudo, estão ali crendo que estão oferecendo sempre o melhor. Todas as escolas levam pra avenida o melhor que elas podem fazer”, concluiu.

Veja mais:
– Grande Rio faz apresentação oficial do seu samba-enredo para 2019

– “Queremos que a escola possa lavar sua alma”, diz novo diretor de Carnaval da Grande Rio

– “É tudo muito profissional”, comentam Hélio e Beth Bejani sobre a Grande Rio