Marcus Ferreira abre o coração, fala sobre chegada à Viradouro e promete enredo ‘cultural-inédito’

Marcus Ferreira (carnavalesco), Marcelinho Calil (presidente) e Tarcísio Zanon (carnavalesco). Foto: Divulgação

Estrear no Grupo Especial é sempre um marco na carreira de qualquer carnavalesco. Que dirá assumir a atual vice-campeã da elite e substituir ninguém menos que Paulo Barros. O desafio é grande para Marcus Ferreira, que conta com um apoio pra lá de especial na nova empreitada: seu companheiro de vida e, agora, barracão, Tarcísio Zanon. A dupla é responsável pelo desfile da Viradouro de 2020. Para Marcus, o fato é a realização de um antigo desejo e ele promete não medir esforços para fazer seu maior trabalho da carreira.

“Eu precisava desse momento. Desse casamento. Do casal (Tarcísio e Marcus) que necessita aliar suas ideias conjuntas, e que são as melhores para essa escola fantástica. A Viradouro está realizando um sonho retirado de mim há dois anos, e que hoje me faz entender as vontades que Deus reserva em nossas vidas. O mundo se torna uma eterna roda gigante. E nessas voltas, ao mesmo dia 13, dia de Nossa Senhora de Fátima, fizemos três anos de união e um primeiro dia de união na Viradouro”, relatou o novo carnavalesco.

Carnavalescos Tarcísio Zanon e Marcus Ferreira estão juntos há três anos. Foto: Reprodução/Instagram

A dupla mal chegou e o trabalho na agremiação já segue a todo vapor. Em breve, a Viradouro já terá enredo para o próximo Carnaval. Marcus promete um tema que caia no gosto da comunidade e tenha a cara da vermelha e branca de Niterói: “Essa parceria promete total dedicação à essa nação vermelha, com um pensamento e estética nossas, na volta de um enredo cultural-inédito, apaixonante como a escola se identifica”, afirmou.

‘Faculdade’ Série A

O profissional do Carnaval sabe que o grande aprendizado do mundo do samba se dá nos grupos inferiores. Tem carnavalesco que afirma que você só estará pronto para o Grupo Especial, “se fizer faculdade na Série A”. Marcus Ferreira corrobora com essa ideia. Para ele, o grupo de acesso dá a bagagem necessária para chegar à Cidade do Samba.

“Foram onze anos de aprendizados, de experiências boas e ruins – a dificuldade enfrentada sempre foi grande. De todos os desafios enfrentados, praticamente todos foram realizados através do milagre. Do milagre das diretorias, dos profissionais e do artista. Da mísera subvenção hoje oferecida às escolas, que sobrevivem sem estrutura necessária e respeito”, contou.

Alegoria da Inocentes de Beford Roxo de 2019 na concentração. Carnavalesco estava na escola. Foto: Vinicius Albudane/SRzd

Aos 34 anos, além de formação em design gráfico, Marcus é graduado em arquitetura. Tem no currículo passagens pela Estácio de Sá, Renascer de Jacarepaguá, União do Parque Curicica, Inocentes de Belford Roxo, Acadêmicos da Rocinha e Império Serrano, onde assinou o desfile campeão da Série A em 2017 e levou a agremiação de volta à elite do Carnaval carioca.

O carnavalesco se transferiu para a Império da Tijuca em 15 de março, mas ficou menos de dois meses na escola, por conta do convite da Viradouro. Nesse tempo que esteve lá, lançou o enredo “Quimeras de um eterno aprendiz”, que agora será desenvolvido por Guilherme Estevão, novo contratado da agremiação.

“Foi difícil a escolha de sair do Império da Tijuca, pois em pouco tempo conheci pessoas incríveis que me fizeram emocionar, e me deram as bênçãos de Nossa Senhora da Conceição para esse novo desafio. O projeto segue em fase inicial, e terá meu apoio nessa transição/passagem ao novo profissional que o abraçará”, disse.

Marcus Ferreira. Foto: Alexander Soares
Marcus Ferreira em trabalho no Império Serrano. Foto: Alexander Soares

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