Laíla reclama de críticas ao samba da Ilha e lembra episódio com Boni: ‘Eu não apanho calado’

Laíla. Foto: SRzd – Fábio Capeleti

Laíla não é de mandar recado, nem mede palavras na hora de falar o que quer. Em conversa franca e direta com o SRzd, o diretor de Carnaval da União da Ilha reclamou das críticas ao samba-enredo da agremiação. Para Laíla, o que vem acontecendo nos últimos meses é um ataque orquestrado à obra da sua escola. “As pessoas não podem dar porrada na Ilha. Sambista nenhum merece porrada”, desabafou.

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O diretor comparou as críticas ao samba da tricolor de 2020 às recebidas pela Beija-Flor em 2014. Na época, a azul e branca, sob o comando de Laíla, produziu um polêmico desfile sobre o Boni. O samba, duramente criticado no pré-carnaval, não levou nenhum 10 na apuração. Resultado: a Beija-Flor ficou fora das campeãs, algo que não acontecia desde 1992.

“Esse processo das mesmas pessoas em cima do nosso samba-enredo foi o mesmo processo de ódio em cima do Boni. Massacraram, e a gente tomou porrada do início ao fim na apuração. Hoje, essas mesmas pessoas voltam ao ataque. Quero lembrar ao mundo carnavalesco do processo que fizeram em cima do Boni. Essa covardia eles querem fazer. Mas comigo vão ter problema. Eles querem conduzir para que o jurado me dê porrada. Eu não me calo, porque eu não tenho medo e nunca fiz sacanagem com ninguém. Faço bem ao meu estado e ao meu país através da minha arte.”

Laíla em apresentação na União da Ilha do Governador. Foto: @losfavoritosprodutora

Figura marcante no Carnaval, Laíla sabe que não passa indiferente nos bastidores da festa. Amado por uns, o diretor também guarda alguns desentendimentos no currículo. “Eu não sou brigão, só não quero perseguição”, disse. Na expectativa de brigar pelo título, Laíla espera que a Ilha seja julgada com isenção e que ‘não ataquem a escola por conta dele’.

“Eu só não quero que tenha perseguição comigo. Não estou dizendo que está tendo. Só não quero. Ano passado, por exemplo, a gente ouviu uma série de conversas. Bater numa comunidade por conta de um ser humano igual a mim? Que só contribui com o espetáculo? As pessoas da Liga que tem que tratar disso, como já falei em algumas ocasiões com o Jorginho (Castanheira, presidente da Liesa). Só digo uma coisa: eu não falo demais, eu só não apanho calado”, afirmou Laíla.

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