A Em Cima da Hora abriu os desfiles da Série Ouro do Carnaval 2022, nesta quarta-feira (20). A escola apresentou o enredo “33 – Destino Dom Pedro II”, uma reedição do Carnaval de 1984. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:
“Depois de tanto tempo de afastamento, o início foi frio. A Em Cima da Hora não empolgou tanto quanto a reedição do samba fazia esperar, mas passou alegre e, a não ser por um buraco antes do primeiro carro ao passar pelo setor 7, foi correta”.
“Não veio para ganhar o Carnaval, veio para se manter. Bonitinha, digna, corretinha, mas faltou a visão social do enredo. O enredo é muito mais forte que isso. Mas podemos dizer que veio direitinha. Tá longe de descer”.
“Apostando na irreverência, na dança e na teatralidade. Retratar uma típica viagem de trem com seus personagens: o policial, o vendedor , a cigana, o nordestino, dentre outros. O elemento representando o vagão do trem, carregado pelos integrantes, cumpre muito bem o papel de auxiliar o desenrolar da história. Uma comissão simples, bonita , muito bem ensaiada e que cumpriu seu papel muito bem. Lindo de ver a interpretação estudada dos integrantes, prova de que uma comissão com figurinos distintos pode sim mostrar uma unidade cênica”.
“O casal desenvolveu a dança com graciosidade, leveza e elegância. Jack Antunes realizou o Abano com firmeza, em giros com desenvoltura e bem sincronizada com os movimentos do mestre-sala Jonhy Mattos, que apresentou um riscado singelo, demostrando muita cortesia a sua dama. Destaco a apresentação do segundo casal da escola, com a performance bem elaborada de Carlos Eduardo que bailando, cortejou com elegância a porta-bandeira Raquel Silva”.
“Trouxe em suas alegorias e fantasias a busca de soluções adequadas para driblar a falta de dinheiro, e isso ela fez com maestria. Alegorias com uma leitura de fácil entendimento, assim como, suas fantasias que trouxeram o universo do suburbano que enfrenta o trem lotado para ir trabalhar”.
“As fantasias sem riqueza, mas completamente adequadas a proposta apresentada na defesa do enredo”.
“O enredo da Em Cima da Hora tece interessante reflexão social sobre a dura realidade social vivenciada pelos trabalhadores suburbanos. A viagem no Trem 33 em direção à antiga estação Dom Pedro II, atual Central, é o fio condutor deste belo enredo, palco não somente de tristezas das lutas diárias do operariado, mas também de esperança em dias melhores. Houve bom desenvolvimento do Enredo, as alas e alegorias trouxeram a plasticidade necessária para retratar os personagens dos vagões do “33”, operários, vendedores ambulantes e demais viajantes que compõem diariamente o universo do Trem. Destaque para a linda ala dos Ciganos”.
“O samba do 33 não foi só uma viagem na avenida, mas nos levou também à uma viagem no tempo. Voltar quase quarenta anos e ver que pouco mudou na nossa realidade. Mesmo tendo um desenho mais clássico teve um andamento muito bem encaixado para o desfile. Mas não surtiu o efeito esperado na avenida, talvez pelo fato de ser a primeira, pegar a avenida ainda fria. O carro de som não rendeu o que poderia, foi reto demais e tirou um pouco do brilho do samba”.
“A bateria do estreante mestre Wando fez um desfile correto dentro do possível para uma escola que veio da Intendente Magalhaes. Apresentaram um contingente bem alto para o grupo de acesso e seguraram um andamento confortável durante toda a avenida. Algumas imprecisões na levada rítmica de caixas e repiques mas nada muito gritante em frente às cabines de julgamento, onde executaram as duas bossas com segurança. Merece destaque a frente da bateria, com instrumentos agudos precisos nos desenhos e nas levadas”.
“A escola não desenvolveu o samba com garra , sincronia entre ritmo e melodia, o canto não soou com força devido a inconsistência vocal dos componentes, embora a maioria dos componentes estavam comprometidos em cantar o samba enredo”.
“Na evolução a escola apresentou um desfile na sua maior parte comprometido com a uniformidade, porém algumas falhas prejudicaram a totalidade do desfile resultando em alguns espaços que comprometeram o desempenho total”.
+ Com reedição de clássico, Em Cima da Hora ‘viaja de trem’ em desfile digno na abertura do Carnaval
+Fotos do desfile da Em Cima da Hora
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