Em Cima da Hora: comentaristas analisam desfile

Desfile Em Cima da Hora 2022. Foto: Matheus Siqueira/SRzd

A Em Cima da Hora abriu os desfiles da Série Ouro do Carnaval 2022, nesta quarta-feira (20). A escola apresentou o enredo “33 – Destino Dom Pedro II”, uma reedição do Carnaval de 1984. Veja abaixo as análises dos comentaristas do SRzd sobre o desfile:

Avaliação geral (Rachel Valença):

“Depois de tanto tempo de afastamento, o início foi frio. A Em Cima da Hora não empolgou tanto quanto a reedição do samba fazia esperar, mas passou alegre e, a não ser por um buraco antes do primeiro carro ao passar pelo setor 7, foi correta”.

Avaliação geral (Luiz Fernando Reis):

“Não veio para ganhar o Carnaval, veio para se manter. Bonitinha, digna, corretinha, mas faltou a visão social do enredo. O enredo é muito mais forte que isso. Mas podemos dizer que veio direitinha. Tá longe de descer”.

Comissão de Frente (Márcio Moura):

“Apostando na irreverência, na dança e na teatralidade. Retratar uma típica viagem de trem com seus personagens: o policial, o vendedor , a cigana, o nordestino, dentre outros. O elemento representando o vagão do trem, carregado pelos integrantes, cumpre muito bem o papel de auxiliar o desenrolar da história. Uma comissão simples, bonita , muito bem ensaiada e que cumpriu seu papel muito bem. Lindo de ver a interpretação estudada dos integrantes, prova de que uma comissão com figurinos distintos pode sim mostrar uma unidade cênica”.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira (Eliane Santos Souza):

“O casal desenvolveu a dança com graciosidade, leveza e elegância. Jack Antunes realizou o Abano com firmeza, em giros com desenvoltura e bem sincronizada com os movimentos do mestre-sala Jonhy Mattos, que apresentou um riscado singelo, demostrando muita cortesia a sua dama. Destaco a apresentação do segundo casal da escola, com a performance bem elaborada de Carlos Eduardo que bailando, cortejou com elegância a porta-bandeira Raquel Silva”.

Alegorias e Adereços (Jaime Cezário):

“Trouxe em suas alegorias e fantasias a busca de soluções adequadas para driblar a falta de dinheiro, e isso ela fez com maestria. Alegorias com uma leitura de fácil entendimento, assim como, suas fantasias que trouxeram o universo do suburbano que enfrenta o trem lotado para ir trabalhar”.

Fantasias (Jaime Cezário):

“As fantasias sem riqueza, mas completamente adequadas a proposta apresentada na defesa do enredo”.

Enredo (Marcelo Masô):

“O enredo da Em Cima da Hora tece interessante reflexão social sobre a dura realidade social vivenciada pelos trabalhadores suburbanos. A viagem no Trem 33 em direção à antiga estação Dom Pedro II, atual Central, é o fio condutor deste belo enredo, palco não somente de tristezas das lutas diárias do operariado, mas também de esperança em dias melhores. Houve bom desenvolvimento do Enredo, as alas e alegorias trouxeram a plasticidade necessária para retratar os personagens dos vagões do “33”, operários, vendedores ambulantes e demais viajantes que compõem diariamente o universo do Trem. Destaque para a linda ala dos Ciganos”.

Samba-enredo (Cadu Zugliani):

“O samba do 33 não foi só uma viagem na avenida, mas nos levou também à uma viagem no tempo. Voltar quase quarenta anos e ver que pouco mudou na nossa realidade. Mesmo tendo um desenho mais clássico teve um andamento muito bem encaixado para o desfile. Mas não surtiu o efeito esperado na avenida, talvez pelo fato de ser a primeira, pegar a avenida ainda fria. O carro de som não rendeu o que poderia, foi reto demais e tirou um pouco do brilho do samba”.

Bateria (Cláudio Francioni):

“A bateria do estreante mestre Wando fez um desfile correto dentro do possível para uma escola que veio da Intendente Magalhaes. Apresentaram um contingente bem alto para o grupo de acesso e seguraram um andamento confortável durante toda a avenida. Algumas imprecisões na levada rítmica de caixas e repiques mas nada muito gritante em frente às cabines de julgamento, onde executaram as duas bossas com segurança. Merece destaque a frente da bateria, com instrumentos agudos precisos nos desenhos e nas levadas”.

Harmonia (Célia Souto):

“A escola não desenvolveu o samba com garra , sincronia entre ritmo e melodia, o canto não soou com força devido a inconsistência vocal dos componentes, embora a maioria dos componentes estavam comprometidos em cantar o samba enredo”.

Evolução (Célia Souto):

“Na evolução a escola apresentou um desfile na sua maior parte comprometido com a uniformidade, porém algumas falhas prejudicaram a totalidade do desfile resultando em alguns espaços que comprometeram o desempenho total”.

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