Veados Comunistas apresenta enredo para sua estreia no Carnaval Virtual

Logo oficial do enredo

Pavilhão Oficial da agremiação

O GRESV Veados Comunistas apresentou o enredo que marcará a sua estreia no Carnaval Virtual. A escola do Rio de Janeiro/RJ é presidida por Raiza Oliveira e seu carnavalesco é Kaio Augusto.
Fundado em 01/05/2021, o GRESV levará para a avenida o enredo “ESPERAMOS SUA VOLTA”.

A agremiação estará recebendo sambas-concorrentes até o dia 18/05. As obras devem conter uma passada, à capela, seguindo a linha política da escola.
Os sambas deverão ser enviados para o e-mail [email protected]

Acompanhe abaixo a sinopse do enredo:

ESPERAMOS SUA VOLTA

Luiz, vem cá
Se achegue
Arrasta uma cadeira
E venha cá nos ouvir
Pois se hoje somos resistência
Aprendemos
Com quem veio antes
Na linha de frente
Com as Travestis
Ninguém vai voltar pro armário
Nem deixaremos o Brasil
Pagar o pato

Temos muita coisa pra falar
E se decidimos te apoiar
É porque acreditamos
Que o melhor está por vir

São tempos sombrios
De pouca esperança
Onde o ódio passeia
Sem constrangimento
Mas diante da urna
O verde confirma
Que desse imenso buraco
Ainda vamos sair
E o que nos espera
É terra arrasada
Sabemos que nada
Será como antes
E para caminhar ao seu lado
Eis aqui nosso recado
Algumas condicionantes

Logo oficial do enredo

A chama que arde
E lambe o chão
Castiga a flora
E põe fim a fauna
É nosso dever
Proteger, preservar
Defender as florestas
E o nosso habitat
O cerrado agoniza
É imenso berçário
Não pode virar
Território agropecuário

E a poeira que sobe
Faz o tempo fechar
O vento que varre
O nosso interior
A bica aberta
Não vai transbordar
Pois o que cai do céu
É fuligem
A fonte secou

A luz vai se apagar
O carvão vai queimar
Até aprendermos
Que água se planta

A legalidade
De quem chegou antes
Parece replay
Mas vamos sempre insistir
As reservas que restaram
São santuários
Lar dos povos originários
Nenhuma a menos
E garantir
Pra quem ainda luta pra ter
Respeitando as nações
Que somam 173

Preservar a memória
E reconhecer
Que o retrato na parede
Deixou de fora
O povo que ergueu
Esse país…
Tem origem africana
Resistência quilombola
Não recebem homenagens
Não são matéria na escola

É tempo de valorizar
É hora de rasgar, ouvir-gritar
O silêncio…
Das páginas da história!

E falar daquelas
Que batalham por todos
Lideram famílias
Fazem acontecer
Mulheres de luta
Mulheres de luto
Sempre ameaçadas
Com medo de viver
Lenços verdes sinalizam
O levante feminista
Não tarda acontecer

Tantos direitos conquistados
Com uma canetada, tudo ruiu
O trabalhador não tem patrão
E o patrão tá escondido
Atrás do ícone do aplicativo
A ciência, quem diria
Perdeu investimentos
Em tempos de pandemia
Como resolver a equação
O cartão corporativo
Gasta mais dinheiro
Que o Ministério da Educação

E de tantos pedidos
O mais importante
Riscar nosso nome
Do mapa da Fome
É inconcebível
É desolador
Saber que na mesa
De muitos irmãos
A comida acabou…

O estouro da inflação
Encareceu
É difícil escolher
Entre ter o que comer
Ou comprar um botijão
O que sobra na carteira
Mal dá para completar
A sagrada refeição

Arroz quebrado
Farelo do feijão
Milho brocado
No fundo do poço
O açougue tá vazio
E o povo rói o osso
O Brasil com tanta riqueza
Faz parecer luxuosa
A hora da xepa

E no fim das contas
Não precisamos de um salvador
A luta que trilhamos
Nos fez chegar até aqui
Unidos, somados
Sem deixar ninguém pelo caminho
Apoiados uns nos outros
Com empatia, colaboração
Fraternidade
Amor e união

Na verdade
Quem foi embora, foi a Esperança
E o povo reunido
Espera a sua volta!

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