Menina de 11 anos era estuprada e mantida em cárcere privado há 2 anos

Homem é preso por suspeita de estuprar e manter em cárcere privado a enteada de 11 anos. Foto: Reprodução

Homem é preso por suspeita de estuprar e manter em cárcere privado a enteada de 11 anos. Foto: Reprodução

A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, prendeu, no último domingo (17), um homem suspeito de estuprar e manter em cárcere privado a enteada de 11 anos.

Na última sexta-feira, a menina foi vista saindo da casa com um bebê recém-nascido no colo e entrando em uma ambulância. Os vizinhos ficaram surpresos e, de acordo com as denúncias, a menina não era vista na região há pelo menos dois anos.


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A menina deu entrada no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, com complicações pós-parto. Ela deu à luz um bebê dentro da própria casa onde morava com a mãe e o padrasto. Ambos alegaram que não sabiam da gravidez. Profissionais da unidade saúde suspeitaram da situação e acionaram a polícia, pois o caso configura estupro de vulnerável, já que ela tem menos de catorze anos.

A delegada Fernanda Fernandes conta que durante o depoimento dos responsáveis, eles alegaram que a menina havia sido abusada há nove meses, enquanto ela andava pela comunidade, por um homem desconhecido que estava armado.

Existem casos de gravidez que passam despercebidos, são raros, mas existem. Mas é impossível não perceber quando uma criança chega em casa após ser estuprada na rua. Não tinha sangue? As roupas não estavam rasgadas? Ela não estava machucada? Não demonstrou alterações de comportamento? Fiz várias perguntas e eles não souberam responder“, contou a titular da Deam-Caxias.

No hospital, a criança foi submetida a exames que constaram que ela sofria estupros recorrentes. É provável que os abusos tenham sido sofridos dentro de casa e por alguém próximo. O padrasto é o principal suspeito.

Ele estava morando com a mãe da vítima há três anos. De início aceitou fazer o exame de DNA para compararmos com o do bebê que nasceu na última sexta-feira. Depois voltou atrás e se recusou. Por todos os indícios pedimos a prisão temporária dele e a Justiça concedeu. Conseguimos cumprir o mandado hoje quando ele ia para o hospital visitar a vítima“, explicou a delegada.

Além do padrasto, a mãe da vítima também será investigada. Mesmo que seja provado a ausência dela no crime, ela ainda pode ser detida pelos crimes de abandono intelectual e omissão de notificação.

A menina segue internada na enfermaria do hospital, está lúcida e apresenta quadro estável. Como ela não possui nenhum outro parente próximo, a Justiça negou a solicitação da Polícia Civil para que a mãe não se aproximasse da criança e ela segue como acompanhante da filha.

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