Árbitro da Ferj, de 30 anos, morre após teste físico

Árbitro Feliphe Cabral. Foto: Reprodução/Vídeo

Luto. O árbitro Feliphe da Cunha Oliveira Cabral da Silva, de 30 anos, morreu após sofrer um mal súbito em um teste físico realizado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) no sábado passado.

Formado em Educação Física, Feliphe fazia parte do quadro da Ferj desde 2018, tendo atuado nas categorias de base e profissionais. Em nota oficial, a Federação informou que o árbitro foi prontamente atendido por UTI móvel, presente no local dos testes, encaminhado à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) mais próxima e transferido para o Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz, em Nova Iguaçu, onde faleceu depois de cinco dias internado.

Demora no atendimento – Um amigo de Feliphe, em entrevista ao jornal O Dia, deu outra versão dos fatos. “Aquecemos juntos, ele estava bem. Começamos a correr e faltando cinco tiros de corrida para acabar o vi caído. Ele ficou ali e não podíamos parar. Veio a ambulância, mas ele só foi retirado após o fim do teste, cerca de quatro minutos depois de cair. Ninguém chegou nele com o teste rolando. Depois que finalizou, o colocaram em uma cadeira de rodas e foi o momento que ele desmaiou e foi retirado da pista”, afirmou, acrescentando que a ambulância não foi conduzida ao hospital como foi informado pela Ferj.

“Somente vinte minutos depois que o diretor de arbitragem apareceu, nervoso. Sem a ambulância, o teste teria que ser paralisado. Acredito que eles queriam que a situação do Feliphe fosse resolvida ali para que continuasse (o teste). Mas as funcionárias da Vila Olímpica (onde foi realizado o exame) chegaram gritando com ele, dizendo “ele tem que sair daqui”. Foi a hora que ele se tocou”, disse.

Leia a nota oficial da Ferj:

“O Departamento de Arbitragem do Futebol do Rio de Janeiro (Deaf-RJ) lamenta profundamente o falecimento do árbitro Feliphe da Cunha da Silva, após cinco dias de internação em uma unidade hospitalar Estadual, motivada por um mal súbito durante a realização dos testes físicos de rotina, ao que estava acostumado e dos quais participaram outros 44 árbitros e assistentes, todos devidamente liberados por autorização e atestado médico para a prática de atividades físicas.

Prontamente atendido por UTI móvel, presente no local dos testes, foi imediatamente levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima, onde foi imediatamente recebido, medicado e transferido na noite do mesmo dia (sábado, 4 de maio) para o Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz, em Nova Iguaçu, seguindo os protocolos médicos e administrativos regulamentares, em condição clínica estável e lúcido (sic), acompanhado de perto por membro do DEAF-RJ durante todo o tempo.

O Departamento de Arbitragem está consternado com o falecimento de um dos seus membros que, apesar dos seus poucos 30 anos, dos quais praticamente 9 dedicados a arbitragem, sempre demonstrou princípios éticos elevados, postura exemplar, dedicação profissional e os cuidados de saúde exigidos ao desempenho da função.

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro decretou luto oficial e se solidariza, nesse momento de profunda dor, com familiares e amigos diante de tamanha e irreparável perda.”

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