MPF acusa Bolsonaro de improbidade e enriquecimento ilícito

Carlos, Wal e Jair. Foto: Reprodução das redes sociais

Carlos, Wal e Jair. Foto: Reprodução das redes sociais

O Ministério Público Federal apresentou à Justiça Federal, em Brasília, ação de improbidade administrativa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-secretária parlamentar da Câmara dos Deputados, Walderice Santos da Conceição, conhecida como Wal do Açaí.

Segundo o MPF, Bolsonaro teria desviado recursos de seu gabinete, quando era deputado Federal, através da nomeação de Walderice, que seria funcionária fantasma.

A ação pede que ambos sejam condenados por improbidade administrativa eque façam o ressarcimento dos recursos públicos indevidamente desviados aos cofres do Estado. Walderice esteve lotada no gabinete de Bolsonaro por muitos anos, entre 2003 e 2018.

“A investigação revelou que, durante esses mais de 15 anos, Walderice nunca esteve em Brasília, não exerceu qualquer função relacionada ao cargo e ainda prestava, juntamente com seu companheiro, Edenilson Nogueira Garcia, serviços de natureza particular para Bolsonaro, em especial nos cuidados com a casa e com os cachorros de Bolsonaro na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis. Além do mais, apesar de expressa vedação, Walderice cuidava de uma loja de açaí na região”, destacou o MPF em comunicado à imprensa.

Ainda de acordo com o órgão, Bolsonaro tinha conhecimento que Wal do Açaí não prestava os serviços correspondentes ao seu cargo e atestava a sua frequência ainda assim.

A investigação também identificou que ela sacou, em espécie, 83% da remuneração recebida, o que seria um indício de que os pagamentos serviriam para desvio dos recursos.

O jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem, em 2018, que mostrou que, mesmo lotada no gabinete do então deputado Bolsonaro, Wal do Açaí trabalhava normalmente em sua loja de alimentos na região.

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