Dos 9 governadores convocados pela CPI, 6 apoiaram Bolsonaro em 2018

A CPI da Covid no Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (26), a convocação de nove governadores, um ex-governador e uma vice-governadora para prestarem depoimento na Comissão, criada para investigar ações e possíveis omissões do governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil.

+ Veja a cobertura completa da CPI da Covid-19 no Senado Federal

Além dos representantes dos poderes executivos estaduais, citados em investigações da Polícia Federal, foram reconvocados para novos esclarecimentos o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e seu antecessor, o general Eduardo Pazuello.

A vice-governadora chamada foi Daniela Reinehr, de Santa Catarina. O ex-governador é Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, afastado por impeachment. De acordo com o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD), o sucessor de Witzel, Cláudio Castro (PL), não foi convocado pois “não era governador a época”:

“O governador Cláudio Castro, em comum acordo entre todos os senadores, retiramos porque ele não era governador a época que aconteceu. Caso tenha algum fato novo, nós iremos convocá-lo, por isso que nós estamos retirando o nome do ex-governador do Rio de Janeiro, aliás do atual”.

Também foram chamados Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República; Filipe Martins, assessor da Presidência da República; o empresário Carlos Wizard; Markinhos Show, publicitário; Luana Araújo, ex-secretária de Enfrentamento à Covid-19 e Paulo Baraúna, diretor da empresa fornecedora de oxigênio White Martins.

+ 6 governadores chamados pela CPI apoiaram Bolsonaro em 2018:

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que venceu, no segundo turno, o petista Fernando Haddad, contou com o apoio explícito de 15 dos 27 governadores eleitos, também em 2018. Dos convocados pela CPI da Covid-19, 6 estiveram com ele, 2 permaneceram neutros e apenas 1 apoiou Haddad:

Wilson Lima (PSC) do Amazonas – apoiou Bolsonaro
Ibaneis Rocha (MDB) do Distrito Federal – apoiou Bolsonaro
Waldez Góes (PDT) do Amapá – apoiou Bolsonaro
Helder Barbalho (MDB) do Pará – ficou neutro
Marcos Rocha (PSL) de Rondônia – apoiou Bolsonaro
Antônio Denarium (sem partido) de Roraima – apoiou Bolsonaro
Carlos Moisés (PSL) de Santa Catarina – apoiou Bolsonaro
Mauro Carlesse (PSL) de Tocantins – ficou neutro
Wellington Dias (PT) do Piauí – apoiou Fernando Haddad

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