Ciro poupa Lula em sabatina no JN, faz propostas e anuncia lei antiganância

Ciro Gomes no JN. Foto: Reprodução de vídeo

Ciro Gomes no JN. Foto: Reprodução de vídeo

O candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT) esteve nos estúdios da Rede Globo, no Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira (22), para ser o segundo entrevistado na série de sabatinas promovidas pelo Jornal Nacional.

Os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos conduziram o encontro com Ciro, candidato pela quarta vez ao Palácio do Planalto. Ontem, Jair Bolsonaro (PL) abriu o ciclo de entrevistas (veja como foi). Antes, pelas redes sociais, Ciro apareceu dançando ao som da trilha do JN numa versão em ritmo de Forró.


Leia também:

+ Entrevista de Bolsonaro ao JN gerou 65% de reações negativas, segundo Quaest Consultoria

+ Panelaços são registrados durante entrevista de Bolsonaro no JN


Na abertura da conversa, Ciro foi perguntado sobre seu papel na chamada polarização entre os dois primeiros colocados em todas as pesquisas de intenção de voto; Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mais polido e sem citar os adjetivos que têm direcionado aos adversários, prometeu tentar unir o país.

Defendendo as já conhecidas ideias, propôs um novo pacto de gestão pública a ser implementado já nos primeiros seis meses de governo. Em caso de suas medidas não prosperarem, informou a convocação de plebiscito para que a população decida sobre questões estruturais.

Num resgate da trajetória brasileira no pós-ditadura, minimizou supostos acertos dos governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, dos quais fez parte como ministro.

Mais a frente, e com a conhecida rapidez para avaliar o cenário geopolítico, Gomes atacou o modelo venezuelano, defendeu a taxação das grandes fortunas e garantiu não disputar uma eventual reeleição sua em 2026. Ao pregar o combate a corrupção, exaltou sua extensa trajetória na política, afirmando que nunca roubou e por isso não vai deixar roubar.

Com o passar dos minutos, foi ficando mais confortável e não resistiu em chamar Bolsonaro de genocida, numa acusação à atuação do atual governo diante da pandemia de Covid-19.

Sobre uma das questões mais relevantes, sobretudo para  a sobrevivência do agronegócio, avaliou a necessidade de um zoneamento da região amazônica estabelecendo parâmetros para o uso da terra e a “lógica produtiva”. Na reta final do encontro, Ciro Gomes explicou o modelo de federalização das figuras penais no campo da segurança pública como uma experiência para combater a violência, a criminalidade e o tráfico de drogas.

Nas considerações finais, anunciou o que chamou de lei anti-ganância, para tratar de débitos de brasileiros com operadoras de cartões de créditos e pediu votos para aqueles que optam por Bolsonaro contra Lula e vice-versa.

Sabatinas na Globo

Nesta semana, desde a segunda-feira (22), o Jornal Nacional promove sabatinas com candidatos à presidência da República. Os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos vão conduzir as entrevistas, ao vivo, direto dos estúdios, no Rio.

A conversa com cada candidato será transmitida por TV Globo, Globoplay e portal G1. As íntegras de todas as entrevistas ficarão disponíveis no Globoplay e no G1.

Foram convidados os quatro candidatos mais bem colocados na pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Instituto Datafolha em 28 de julho: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).

Comentários

 




    gl