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Lei criada por Bolsonaro pode tornar vacinação obrigatória; entenda

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir ainda neste ano sobre a obrigatoriedade da vacina do novo Coronavírus. A tendência é que o Supremo decida contra a opinião de Jair Bolsonaro e do movimento antivacina no Brasil.

No início desta semana, Jair Bolsonaro, em debate público com o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que a vacina contra a Covid-19 não será obrigatória. Outros governadores também contestaram a opinião do presidente da República.

O presidente ainda fez referência à lei 6.259, de 1975, para dizer que esta norma atribui ao Ministério da Saúde a função de determinar quais são as vacinas obrigatórias no Brasil.

“A vacina contra o covid (sic) — como cabe ao Ministério da Saúde definir esta questão — ela não será obrigatória”, disse Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto.

No entanto, uma lei criada neste ano pelo próprio governo federal e sancionada por Bolsonaro dá poder aos Estados e municípios para aplicar uma vacinação compulsória contra a Covid-19.

Essa lei não apenas prevalece sobre a lei de 1975 como é apoiada por uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) e por artigos e princípios constitucionais, segundo juristas ouvidos pela BBC News Brasil.

O que diz a nova lei?

A lei 13.979/20 prevê as medidas que podem ser adotadas no Brasil no combate à pandemia. O texto foi elaborado pelo governo Bolsonaro e enviado ao Congresso, onde foi aprovado a toque de caixa no início de fevereiro e logo sancionada pelo presidente.

O artigo 3º prevê, em seu inciso 3, as ações que autoridades podem adotar, e, entre elas, está a vacinação compulsória.

O parágrafo 7º deste mesmo artigo estabelece que as medidas do inciso 3 poderão ser adotadas “pelos gestores locais”.

“Decorre dessa lei que os Estados e municípios têm autonomia para determinar que a vacinação será obrigatória. Isso não compete apenas ao governo federal”, diz Elival da Silva Ramos, professor de Direito Constitucional da Universidade de São Paulo (USP) e ex-procurador-geral do Estado de São Paulo.

Supremo vai decidir obrigatoriedade

Ministros ouvidos pela colunista Mônica Bergamo consideram certo que o STF tornará a vacinação obrigatória, já que um cidadão que não for imunizado poderá contaminar outras pessoas, que de fato não podem tomar vacinas por questões médicas —como os imunodeprimidos, por exemplo.







Redação SRzd

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