Bolsonaro ataca Doria e diz: ‘Vacina não será obrigatória e ponto final’

Teste de vacina para Covid-19. Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que o governo não vai obrigar os brasileiros a tomarem a vacina contra o novo Coronavírus. Ele ressaltou que essa decisão é do Executivo federal e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, “já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final”.

“O Programa Nacional de Vacinação, incluindo as vacinas obrigatórias, é de 1975. A lei atual incluiu a questão de pandemia lá, mas a lei é bem clara: quem define isso é o Ministério da Saúde, e o meu ministro da Saúde já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final”, afirmou Bolsonaro nesta segunda-feira (19).

Em seguida, sem mencionar nomes, o presidente criticou o governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, que, segundo ele, “está se intitulando o médico do Brasil”.

“Tem um governador aí que está se intitulando o médico do Brasil, dizendo que ela será obrigatória — repito que não será. Da nossa parte, haverá vacinação quando estiver em condições, depois de aprovada pelo Ministério da Saúde e com comprovação científica, e assim mesmo tem que ser validada pela Anvisa. Daí nós ofereceremos ao Brasil, de forma gratuita, obviamente, mas repito: não será obrigatória”, disparou.

Na sexta-feira (16), Doria anunciou que, quando estiver disponível, a vacina contra a Covid-19 será obrigatória em todo o estado e apenas pessoas com atestado médico poderão ser liberadas de receber o imunizante.

“Em São Paulo, a vacinação será obrigatória, exceto para quem tenha orientação médica e atestado médico de que não pode tomar a vacina. E adotaremos medidas legais se houver contrariedade nesse sentido”, disse o tucano, em entrevista coletiva em São Paulo.