Governador do Acre é alvo de operação da Polícia Federal

PF realiza operação no apartamento do governador Gladson Cameli. Foto: Divulgação/Polícia Federal

PF realiza operação no apartamento do governador Gladson Cameli. Foto: Divulgação/Polícia Federal

O governador do Acre, Gladson Cameli, do Progressistas, está entre os alvos da Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal em apoio com a Controladoria-Geral da União, nesta quinta-feira (16). Os policiais cumpriram mandados de buscas no gabinete e no apartamento do político.

No total, foram expedidos 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão, divididos em quatro estados. A operação mobilizou 150 policiais federais e 10 auditores da CGU. O único mandado de prisão tinha como alvo um assessor ligado ao governador Gladson Cameli, que já foi preso.

A Polícia Federal do Acre afirma ter reunido “vasto conjunto de elementos probatórios que demonstram o aparelhamento da estrutura estatal com a finalidade de promover diversos crimes contra a administração pública”.

Investigação

O nome da operação faz referência ao apelido utilizado por um dos investigados, que faria alusão à cidade natal de grande parte dos investigados.

Segundo a investigação da PF, um grupo, formado por empresários e por agentes públicos ligados à gestão estadual, aparelhou a estrutura do governo para cometer crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, desviando recursos públicos e ocultando a destinação dos valores.

A PF não especificou quais são as suspeitas que recaem sobre o governador, nem especificou quais são os crimes imputados a cada um dos investigados.

Durante a investigação, foram identificadas diversas transações financeiras suspeitas em contas correntes, pagamentos de boletos de cartão de crédito, transações de imóveis de alto valor e aquisições de veículos de luxo por valores mais baixos do que os de mercado. Também foi verificado que o grupo frequentemente movimentava grande quantidade de dinheiro em espécie, inclusive com uso do aparato de segurança pública do estado.

Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o bloqueio de cerca de R$ 7 milhões nas contas dos investigados, além do sequestro de carros de luxo comprados com os recursos desviados do governo.

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