Flávio Bolsonaro diz que Ribeiro não tem perfil de quem comete ato ilícito

Flávio Bolsonaro. Foto: Edilson Rodrigues – Agência Senado

Ex-ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PL), Milton Ribeiro foi preso pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (22), na cidade de Santos, no litoral de São Paulo.

Ele é investigado no âmbito da Operação Acesso Pago, que investiga a prática de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do FNDE, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, órgão ligado ao Ministério da Educação.

Milton é acusado de suposta prática dos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

+ Vídeo: A prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, por Sidney Rezende

Senadores passaram, então, a articulação para conseguir instalar a criação de uma CPI, comissão parlamentar de inquérito, para investigar a Pasta. O mínimo necessário para dar o encaminhamento é de 27 assinaturas.

Contrário a instalação de uma CPI do MEC, o senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL), afirmou, nesta noite em entrevista para a Rádio Jovem Pan de São Paulo, que o governo Federal não apoiará a criação da Comissão “porque acredita que isso será utilizado pela oposição como instrumento eleitoral”.

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“Ninguém do governo tem medo de investigação nenhuma. São sempre os mesmos que nunca fizeram nada para o seu Estado, nunca levaram uma obra decente, que tentam se aproveitar de qualquer situação que aconteça para faturar politicamente pensando nas eleições. Uma oposição danosa ao país, completamente inútil ao objetivos que se quer alcançar. Senadores da atual legislatura não vão se submeter a mais essa tentativa de diminuir o papel do Senado e diminuir um importante papel que uma CPI deveria ter”, disse um dos filhos do presidente da República.

Flávio cita estranhamento com a condução do caso

“Como alguém é suspeito de corrupção passiva e quem cometeu corrupção ativa não teve o mesmo tratamento por parte desse juiz federal? Óbvio que começa a surgir evidências que há um direcionamento. Não tenho a menor dúvida que assim que haver um habeas corpus em segunda instância, no caso o Tribunal Regional Federal da 1º Região em Brasília, essa prisão vai ser suspensa. Não tem fundamento nenhum. O ministro foi afastado, portanto ele não tem menor ingerência sobre os recursos que estão sendo apurados agora e vendo se houve algum tipo de desvio. Então nada para de pé, nada explica, juridicamente, essa prisão do Milton. A não ser a necessidade de gerar esse factoide”, defendeu.

Senador diz que Ribeiro não tem perfil de quem comete ato ilícito

“Não conheço detalhes do inquérito, acho que nem o advogado do Milton conhece ainda. Se bobear, o Milton nem sabe por que foi preso até agora. Ele não tem o perfil de quem comete ato ilícito. Óbvio, quando não há comprovação de nada, não posso colocá-lo na situação de culpado e acusá-lo de alguma coisa. Confio e quero que ele prove sua inocência, é a minha vontade”, concluiu.

Ribeiro está na cidade de São Paulo e vai dormir na carceragem da sede da PF, na Zona Oeste de capital, e participar de audiência de custódia por vídeoconferência.

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