Ex-presidentes consultam Forças Armadas sobre risco de golpe militar
Com as recentes ameaças antidemocráticas do presidente Jair Bolsonaro e seus aliados , cinco ex-presidentes da República procuraram generais da reserva e da ativa do Exército brasileiro para consultar sobre a real possibilidade de haver ruptura institucional. São eles Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e Fernando Collor, segundo informações do jornal “O Estado de São Paulo”.
Os ex-chefes do Executivo teriam pedido aos oficiais garantias de que as eleições do ano que vem de fato vão acontecer — e que o vencedor será respeitado, seja ele quem for.
Segundo a publicação, os generais garantiram atuar de acordo com o que manda a Constituição. Os oficiais foram questionados ainda sobre a presença de Bolsonaro em solenidades militares das Forças Armadas e em formaturas de cadetes e sargentos. Em resposta, explicaram que não podem impedir a presença do presidente nesses eventos, mas que ela não será suficiente para romper a hierarquia.
Ao ex-presidente FHC, uma fonte das Forças Armadas disse que os militares estão se descolando do chamado “partido militar”‘ — oficiais que se uniram a Bolsonaro na política. Há, porém, desconforto com a postura dos comandantes da Marinha, almirante Almir Garnier, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior.
Os governadores João Doria, de São Paulo, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, também teriam consultado generais e recebido respostas de que os militares não estariam dispostos a embarcar em aventuras golpistas.
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