Inflação nos anos Bolsonaro é maior do que no governo de Michel Temer

Michel Temer e seu sucessor, Jair Bolsonaro. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é a ferramenta criada para medir a variação dos preços de produtos e serviços para o consumidor final.

Ele também é considerado como o principal indicador para a taxa de inflação do Brasil. Além de definir a inflação oficial, serve ainda como meta a ser seguida pela política monetária do Banco Central.

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Nos últimos cinco anos, considerando os dois completos da gestão do ex-presidente Michel Temer (2017 e 2018) e os três, igualmente concluídos por Jair Bolsonaro, a inflação oficial do Brasil cresceu de forma cada vez mais intensa, porém, maior sob o comando do atual presidente.

Em 2018, último de Temer, o IPCA registrado no país foi de 3,75% – taxa que saltou para 10,06% em 2021. Recuando para o ano anterior, alcançou seu menor patamar, 2,95%.

Já nos 12 meses até março deste ano, quando chegou ao seu pico na série histórica, acumulava 11,30%, indicando mais um ano de preços em disparada, mesmo com o arrefecimento dos últimos meses. Mesmo sem pandemia, logo no primeiro ano de Bolsonaro, o viés era de alta e marcou, em 2019, 4,31%.

Com tanta inflação, entre março de 2017 e março de 2022, o Real perdeu 31,32% de seu valor e poder de compra. Em outras palavras, com o mesmo valor agora, o consumidor consegue comprar apenas dois terços do que comprava naquele ano.

Os juros altos também afetam o poder de compra do brasileiro, que conseguem consumir menos produtos, já que os empréstimos também ficam mais caros.

Sentindo o poder de compra diminuir, mais de 60% da população teve que cortar gastos nos últimos seis meses, segundo uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria , a CNI, do primeiro semestre. Mais de 30% teve que fazer cortes grandes ou muito grandes nas despesas. Veja a evolução mensal do IPCA dos dois governos, mês a mês: