Evaldo José lança livro sobre sua experiência em um dos lugares mais pobres da África

Evaldo José lança livro sobre sua experiência em um dos lugares mais pobres da África. Foto: Divulgação

Ele poderia gritar “que lindo” para um projeto humanitário que está salvando vidas num campo de refugiados. Ele poderia gritar “que lindo” para os seres humanos extraordinários que conheceu num dos lugares mais pobres da África Subsaariana.

Ele poderia gritar “que lindo” para uma escolinha que está transformando os sonhos e o futuro de centenas de crianças num dos cantos esquecidos do planeta. Mas, na obra que será lançada na próxima segunda-feira (20), ele grita “que pena”.

O emocionante relato do jornalista e educador Evaldo José sobre sua experiência no Dzaleka Refugee Camp, no Malawi é uma narrativa é envolvente, profundamente humana. Ele descreve a rotina vivida pelos sobreviventes do maior genocídio da história da África.

“Pessoas que tinham todos os motivos para se revoltar contra tudo e contra todos, que teriam mil razões para passar o dia lamentando seu destino… acordam cantando, rezando e agradecendo ao Criador pelo dom de sua existência. Meus problemas ficavam pequenininhos diante dos relatos que ouvia diariamente. Sim, a África, os refugiados, os amigos que fiz no Dzaleka! Em sua fraqueza, me fizeram mais forte. Em seu canto, me trouxeram inspiração. Em sua luta dramática pela comida de cada dia, me mostraram que o mundo só pode ser melhor se pudermos diminuir o abismo que hoje separa esses nossos irmãos do resto do planeta…O que você faria se tivesse que viver com apenas 3 dólares por mês? (…) Não sei exatamente como consegui voltar, com toda a África em lockdown. Mas, sei muito bem porque fui!”, relata o autor.

O lançamento

Com a presença do jornalista Sidney Rezende, que irá mediar um debate com convidados, o lançamento acontece na próxima segunda-feira (20), Dia Mundial do Refugiado, na Livraria Lima Barreto, que fica na Rua Visconde de Pirajá, 595, em Ipanema, das 17h às 20h. A renda com a venda da publicação será toda revertida para o Campo de Refugiados do Dzaleka.

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