‘Constituição não será rasgada’, diz Lira, sem citar impeachment e Bolsonaro

Em seu primeiro pronunciamento após as manifestações desta terça-feira (7), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse ser hora de “dar um basta” nas escaladas e bravatas antidemocráticas. O parlamentar, no entanto, não citou o presidente Jair Bolsonaro, tampouco falou sobre impeachment.

“É hora de dar um basta a essa escalada em um infinito looping negativo. Bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual, e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade”, afirmou Lira, deixando claro que vai se manter nas regras do jogo: “Nossa Constituição não será rasgada”.

“A Câmara dos Deputados apresenta-se hoje como um motor de pacificação. Na discórdia, todos perdem, mas o Brasil e a nossa história tem ainda mais o que perder. Nosso país foi construído com união e solidariedade e não há receita para superar a grave crise socioeconômica sem estes elementos”, completou.

O presidente da Câmara também comentou a insistência do chefe do Executivo e de seus apoiadores em defender a pauta do voto impresso — já rejeitada pelo plenário da Casa: “Não posso admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas sobre o voto impresso. Uma vez definida, vira-se a página.”

Arthur Lira reforçou o compromisso do país com a eleição de 2022, ressaltando que o pleito será realizado na data prevista e com as urnas eletrônicas, classificadas por ele como “seguras”.

Apesar do tom crítico aos ataques às instituições democráticas, o presidente da Câmara enalteceu a “pacificidade” dos atos que ocorreram no feriado: “Uma democracia vibrante se faz assim, com participação popular, liberdade e respeito á opinião do outro.”

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