Em vídeo, Ciro Gomes anuncia apoio a Lula no segundo turno: ‘Última saída’

Ciro acompanha PDT e declara apoio a Lula. Foto: Reprodução/Twitter

Ciro acompanha PDT e declara apoio a Lula. Foto: Reprodução/Twitter

Menos de uma hora após o PDT anunciar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no segundo turno das eleições 2022 contra o atual presidente, Jair Bolsonaro, o candidato Ciro Gomes, quarto colocado no primeiro turno da disputa presidencial, se posicionou através de um pronunciamento compartilhado em suas páginas de redes sociais.

“Acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente às circunstâncias, é a última saída”, afirmou Ciro em vídeo publicado nesta terça-feira (4). “Espero que essa decisão ajude a oxigenar, temporariamente que seja, a nossa democracia”.


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Sem citar o nome de Lula, Ciro, que contabilizou 3,06% dos votos válidos, ou seja, pouco mais de 3,4 milhões de votos, disse que acompanha a decisão do partido e que não pleiteou e não aceitará qualquer cargo em eventual futuro governo.

Leia o posicionamento completo de Ciro Gomes:

“Meus amigos e minhas amigas, acabamos de realizar uma reunião da Executiva Nacional ampliada do PDT em que por unanimidade nós tomamos uma decisão (a de apoiar Lula para o segundo turno das eleições). E eu gravo esse vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente às circunstâncias, é a última saída.

Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para os brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias. Não acredito que a democracia esteja em risco neste embate eleitoral, mas sim no absoluto fracasso da nossa democracia em construir um ambiente de oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica que humilha a esmagadora maioria do nosso povo.

Ao contrário da campanha violenta da qual fui vítima, nunca me ausentei ou me ausentarei da luta pelo Brasil. Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do país contra projetos de poder que levaram nosso povo a essa situação grave e ameaçadora.

Espero que essa decisão ajude a oxigenar, temporariamente que seja, a nossa democracia. Mas se não houver a busca efetiva de novos ares e instrumentos, estaremos à mercê de um respirador artificial frágil e precário, limitadíssimo no tempo e no espaço. Pelo Brasil, minha luta e a do PDT seguirão sempre firmes, não aceitaremos imposições ou cabrestos de quem quer que seja.

Adianto que não pleiteio ou aceitarei qualquer cargo em eventual futuro governo. Quero estar livre, ao lado da sociedade, em especial da juventude, lutando por transformações profundas como as que propusemos durante nossa campanha.

E ao povo brasileiro me dirijo: fiquem certos de que, como sempre fiz, vou fiscalizar, acompanhar e denunciar qualquer desvio do governo que assumirá em janeiro, assim como vou seguir estudando e apresentando ideias para recuperar nosso país. Um grande, forte e agradecido abraço a todos e todas, e que Deus ilumine a nação brasileira.”

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