Com aval de Ciro Gomes, PDT declara apoio a Lula no segundo turno

Ciro Gomes. Foto: PDT

Ciro Gomes. Foto: PDT

O presidente do PDT, Carlos Lupi, anunciou que o partido vai apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no segundo turno das eleições 2022 contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Em pronunciamento no início da tarde desta terça-feira (4), Lupi disse que a decisão entre os membros da legenda foi “unânime”. De acordo com ele, Ciro participou da reunião e disse que “endossa integralmente a decisão” do partido.

“Os presidentes estaduais, os deputados federais de mandato, senadores… Entramos em uma decisão unânime, sem nenhum voto contrário — eu repeti isso três vezes, porque se tivesse voto contrário, está gravado — a decisão de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula”, disse o político em entrevista a jornalistas.


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A sigla vai propor que Lula incorpore a seu programa de governo algumas propostas do pedetistas, explicou Lupi. “Apresentamos três projetos, eu pessoalmente falei com a presidente do PT, a Gleisi, a questão da renda mínima, a renegociação da dívida do SPC e das pequenas empresas, a questão da escola e ensino integral e hoje aprovamos também a proposta – que não foi falada ainda com o PT – a questão do Código Nacional do Trabalho”.

Questionado sobre desavenças e ataques durante a campanha entre o candidato do PDT, Ciro Gomes, e Lula, o presidente da sigla respondeu que “o processo político às vezes descamba” e que é normal esse desentendimento “no calor da emoção”. “O partido existe para isso, quando ele se reúne e decide. Todos os filiados têm que acatar a decisão”.

Ao ser perguntado se Ciro Gomes, pessoalmente, declararia apoio a Lula, o presidente do PDT afirmou que não pode falar por Ciro, mas que ele ratificou a decisão do partido. Também afirmou que o líder pedetista ficará no Brasil e apoiou a decisão do partido, mas não falou de uma eventual participação de Gomes na campanha de Lula.

Ciro terminou a disputa presidencial em quarto lugar, com 3,06% dos votos válidos, ou seja, pouco mais de 3,4 milhões de votos.

O ex-governador do Ceará ficou muito preocupado com as eleições 2022 na esfera legislativa e nos executivos estaduais. O pedetista não esperava que o bolsonarismo estivesse tão forte e com capacidade de formar uma grande bancada no Congresso Nacional, além de ocupar espaços nos governos dos estados brasileiros.

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