Cinegrafista diz que filmou tiros e relata pressão de equipe de Tarcísio

Visita do candidato Tarcísio em Paraisópolis é interrompida por tiroteio. Foto: Reprodução/TV Globo

Visita do candidato Tarcísio em Paraisópolis é interrompida por tiroteio. Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil de São Paulo vai requerer à Jovem Pan a íntegra de um vídeo que um integrante da equipe do candidato a governador Tarcísio de Freitas, que lidera as pesquisas de intenções de votos para o governo paulista pelo Republicanos, pediu para apagar.

A gravação em questão foi feita no dia 17 de outubro e registrou troca de tiros entre a Polícia Militar e a segurança do candidato com indivíduos armados em motos em Paraisópolis, na capital paulista.


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Em entrevista ao jornalista Artur Rodrigues, do jornal “Folha de São Paulo”, o repórter-cinematográfico Marcos Andrade,  disse que filmou um agente da Abin e policiais à paisana, da equipe de Tarcísio, disparando tiros na ação que matou um jovem desarmado chamado Felipe Silva de Lima, de 28 anos.

O cinegrafista, único a gravar os momentos mais tensos do caso, também afirmou que a campanha de Tarcísio pediu sua cabeça, cobrando sua demissão da Jovem Pan. Agora ele teme consequências do ocorrido e pretende se desligar da empresa.

A equipe de Tarcísio negou as acusações e afirmou que não existiu qualquer pressão para que o profissional fosse demitido. A Jovem Pan, por sua vez, informou que exibiu todas as imagens feitas durante o tiroteio e negou contato com a equipe do candidato.

O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga as circunstâncias da morte e da tentativa de homicídio contra policiais militares nas proximidades de um Polo Universitário da Comunidade de Paraisópolis. O caso é investigado como Morte Decorrente de Intervenção Policial e tentativa de homicídio contra os policiais. A Corregedoria da Polícia Militar também investiga o caso.

Em uma rede social, o adversário de Tarcísio na eleição, Fernando Haddad, do PT, publicou um áudio divulgado pelo jornal “Folha de São Paulo” na última terça-feira (25), sobre o pedido para que as imagens fossem deletadas.

Tarcísio rebateu, também através das redes sociais, dizendo que o episódio “extrapola” qualquer limite, e ainda classificou como “fake news”.

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