605 mil mortos e inflação; brasileiros sentem o mundo real que o governo nega

22/10/2021 às 21h50 - Por Redação SRzd

Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

Na tarde desta sexta-feira (22), diante dos rumores em torno da saída de Paulo Guedes do ministério da Economia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de pronunciamento aos jornalistas em Brasília para dizer que o titular da Pasta fica.

Bolsonaro fez uma breve fala defendendo que o país, na sua avaliação, foi um dos que “menos sofreu” com consequências econômicas diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Pandemia que matou mais de 605 mil pessoas e coloca o Brasil no 2º lugar do ranking mundial de óbitos pela doença.

Mas os números e, principalmente, a percepção da maioria do povo brasileiro, sente de forma diferente o momento vivido no dia a dia com a volta do fantasma da inflação e alta quase que diária dos preços, sobretudo dos alimentos, fenômeno que afeta diretamente o cotidiano das famílias.

É isto que indica a pesquisa Exame/Ideia, divulgada hoje. O número de entrevistados que avalia a gestão de Bolsonaro como ruim ou péssima é maior que mais da metade do universo testado.

+ veja os números do levantamento diante da pergunta:

Como você avalia o governo de Jair Bolsonaro?

No detalhamento da amostra, outros dados refletem as impressões da sociedade diante do atual momento. Do total apurado no levantamento, 60% das mulheres não aprovam a gestão de Bolsonaro e 46% dos homens seguem a mesma avaliação.

+ Em quais itens você percebeu o maior aumento de preços?

+ Alimentos e bebidas 40%
+ Combustíveis 43%
+ Energia elétrica 11%
+ Vestuário 1%
+ Medicamentos 1%

+ Qual é a sua posição em relação à seguinte frase: Eu mudei meus hábitos de consumo de alimentos por causa da inflação em 2021:

+ Concordo: 68%
+ Nem concordo, nem discordo: 23%
+ Discordo: 9%

+ Na sua opinião, de quem é a principal responsabilidade pelo aumento dos preços dos combustíveis? Veja o resultado:

A pesquisa ouviu 1.295 pessoas entre os dias 18 a 21 de outubro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações para fixos residenciais e celulares. A sondagem é um projeto que da revista Exame com o Ideia, Instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.